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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Morte de Eduardo Campos fez bem a Marina Silva



A ambientalista Marina Silva (PSB) corre o risco de ganhar a eleição no segundo turno

A presidente Dilma Rousseff (PT), que nunca gostou de Dilma no governo Lula, poderá voltar para casa mais rápido

Luís Alberto Alves

 Existem situações curiosas na vida. Exemplo disso é o atual momento político vivido pela candidata à presidência do Brasil, Marina Silva (PSB). Antes da morte do cabeça de chapa Eduardo Campos em agosto, na cidade de Santos (SP), ambos figuravam em terceiro lugar na corrida ao Palácio do Planalto, com 9% das intenções de voto.
 O tucano Aécio Neves estava com 21% e tudo indicava que chegaria ao segundo turno com a presidente Dilma Rousseff (PT). Nas entrevistas e campanhas de rua, ele era o alvo dos petistas. Ninguém acreditava em Marina Silva. Poderia no máximo chegar 15%, sem oferecer perigo ao sonho do PT de permanecer no poder por mais quatro anos, totalizando 16 anos à frente do Brasil.

 Mas o destino, sempre ele a nos pregar peça e provocar surpresa, não foi consultado. Após o acidente fatal que matou Campos, o cenário mudou por completo. Marina assumiu o comando da chapa do PSB e passou a ditar as regras. O quadro mudou. Desbancou o candidato do PSDB, Aécio Neves e corre o risco de no segundo turno tirar a cereja do bolo da presidente Dilma.

  Pode parecer brincadeira macabra, porém a perda de Campos resultou em grande bem para a ambientalista Marina. Suas propostas passaram a ser ouvidas com maior seriedade, fugindo do discurso feito armado pelo PT, tentando vender a proposta de que mais quatro anos, com Dilma Rousseff, poderão mudar radicalmente os rumos do País.

 A cabeça do eleitor não pensa assim. Exige reviravolta no cenário atual. Os mais esclarecidos recusam engolir o atual estilo petista de governar. A aura de partido político isenta de corruptos sumiu. Os escândalos estouram em todos os cantos do Brasil. Os mais conservadores (eles estão presentes em todos os partidos e fazem a diferença em qualquer eleição) torceram o nariz para avanços concedidos a minorias.


 Alguns até decidiram anular o voto, porque se cansaram do mesmo discurso. Parecido com os engatados em centros acadêmicos e assembléia sindical. Tudo pode acontecer até o segundo turno. Porém algo é mais do que certo: um vacilo de Dilma Rousseff, ela perde a chance de ficar no Palácio do Planalto por outra temporada de quatro anos. Quanto ao tucano Aécio: teve os 15 minutos de fama. Sem propostas viáveis, precisa comer mais grama para tentar concretizar o sonho de dirigir o Brasil.

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