Luís
Alberto Alves
O ano de 2015 se aproxima do fim. Foi terrível
para os trabalhadores, as maiores vítimas do famigerado reajuste fiscal do
governo Dilma Rousseff (PT). Parecido com a década de 1990, o desemprego está
próximo dos 14%, segundo pesquisa recente da Fundação Seade/Dieese.
Atualmente, o brasileiro perdeu o medo da
violência, de ser vítima de bala perdida ou mesmo virar alvo nas mãos de
bandidos. O receio maior é quando chega a sexta-feira e recebe o recado para
passar no RH. O frio percorre a espinha dorsal, o coração dispara e o suor
surge de repente no rosto. Ali, ele pode ouvir a drástica frase: “infelizmente
você entrou na política de contenção de custos, por causa da crise econômica, e
será demitido”.
Nenhum setor, exceto bancos, ficou livre do
vendaval que se abateu sobre o Brasil nesta gestão Dilma Rousseff. O remédio
aplicado para, segundo seus economistas, solucionar as finanças acabou saindo
bem salgado...para os pobres. Até a farmácia popular, onde diversos
medicamentos eram baratos acabaram, atingidos pelo facão responsável para
engordar o leitão do superávit primário (quantia de dinheiro descontadas todas
as dívidas do governo).
Quem não perdeu o trabalho acabou obrigado a
aceitar acordo para redução de salário. É o famoso dilema: “você pretende que
eu lhe mate ou toma a decisão de tirar a própria vida”? Época de campanha com
os sindicatos negociando empregos, deixando em segundo plano aumentos acima da
inflação, quase próximo dos 10%, acumulado de 12 meses.
Tudo conspira contra o brasileiro. Se correr
para o Exterior, vai encontrar a forte concorrência dos refugiados sírios em
busca de moradia, emprego e dignidade. Caso resolva virar agricultor, não terá
para quem vender a safra. Precisa continuar de pé, mas sob forte bombardeio das
políticas impúblicas da atual gestão.
Até aonde é possível resistir não é possível
prever. Os pessimistas alertam que o martírio vai durar mais dois anos. O
Brasil ainda terá milhares de centenas de desempregados, os bolsões de miséria
dobrarão de tamanho, emprego vai se tornar mosca branca e os banqueiros
continuarão ganhando rios de dinheiro. Como sempre
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