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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Esquema de corrupção na Petrobras é antigo



Petrobras é a menina dos olhos de políticos corruptos

Luís Alberto Alves

 A demissão de Graça Foster, da presidência da Petrobras, é trocar seis por meia dúzia. O governo precisa é acabar com a prática viciosa de colocar no comando daquela estatal, apadrinhados pelos partidos políticos, principalmente de sua base, entre eles o fisiologista PMDB. Graça, mesmo sendo funcionária de carreira naquela empresa, recebeu as bênçãos do PT para sentar na principal cadeira da estatal. Esse mesmo expediente sujo ocorreu em outras gestões, principalmente de Sarney, Collor de Mello, Itamar Franco e FHC. A corrupção é antiga na Petrobras. É preciso levantar o tapete e retirar toda a sujeira.

 Infelizmente no Brasil, as estatais são alvos de partidos políticos responsáveis pela indicação de membros da diretoria. É a maligna lei de mão dupla: em troca de apoio ao governo, exigem a nomeação de pessoas simpatizantes as suas ideologias, neste caso de dilapidar o patrimônio público.

 Durante muitos anos a Eletrobrás foi feudo do ex-senador José Sarney (PMDB/AP). Para garantir aprovação de Projetos de Lei do governo escolhia seus apadrinhados, muitos deles sem qualquer competência técnica para direção ou presidência daquela estatal.

 O mesmo ocorria na época em que a Embraer ainda não tinha sido privatizada. Geralmente um gigantesco cabide de emprego era formado, com a maioria dos contratados recebendo sem trabalhar. Como a Petrobras é uma das maiores empresas do mundo, o interesse é pelas obras que ela contrata, sempre com supostos indícios de superfaturamento, revelados pela operação Lava Jato.

 A roda da fortuna dos corruptos funcionaria assim: o diretor apadrinhado pelo partido de apoio ao governo escolheria a empreiteira que ganharia a licitação para executar determinado serviço. O preço ficaria bem alto. Dali sairia o dinheiro para a caixinha dos políticos corruptos e garantia de que aquela empresa sempre teria acesso a novas obras.

 Na época das eleições, como retribuição ocorreria investimento nos pleitos para presidência da República. Os cargos mais visados nesta caixinha são os de deputados federais e senadores. Por que são eles os responsáveis pelos projetos bancados pela União. Tudo funcionando perfeitamente: os indicados nas estatais federais servindo de GPS para futuras obras superfaturadas e a certeza de dinheiro fácil entrando nas contas dos paraísos fiscais. Não sou advogado da gestão Dilma Rousseff (PT), mas a sujeira nas estatais do governo é antiga, talvez até da época da Ditadura Militar.


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