Para aumentar o limite no cheque especial do volume morto, governo Alckmin acena com despoluição do Rio Pinheiros |
Luís
Alberto Alves
Você já reparou que o volume morto das
represas se parece com o cheque especial? Quando o dinheiro do salário acaba,
muitos passam a incorporar o limite do cheque especial como parte do orçamento.
Esquecem que estão pagando os juros por uso indevido, agravando muito a situação,
levando até a dívida bem alta. Quase impagável. O governo Alckmin (PSDB) repete
a mesma estratégia utilizando o volume morto do reservatório da Cantareira,
desconhecendo que uma seca prolongada poderá jogar São Paulo no caos, igual a
estouro do cheque especial.
Em 2011 existiu o projeto para despoluir as
águas do Rio Pinheiros, servindo de outra fonte no abastecimento da Capital
paulista. A Sabesp (Saneamento Básico do Estado de SP) tratou de enterrar a idéia.
Afinal de contas ninguém iria imaginar que no futuro, 2014/2015, grande seca
tiraria o sossego da população. Como alerta o ditado popular: Nunca se deve
fechar a porta depois que ela estiver quebrada.
O governo tucano, desde a época de Mário
Covas, no final da década de 1990, jamais teve qualquer preocupação com relação
ao meio ambiente. Tratava o assunto como assunto de quem não tem nada para
fazer na vida. Num linguajar chulo: é conversa de porra loca! Esqueceram do
tempo. Ele chega e rápido. Agora tentam correr para espantar o prejuízo e o
pesadelo de grave falta de água nas torneiras de 6,5 milhões de paulistanos.
O Rio Pinheiros é tão poluído quanto o morto
Tietê. Mas técnicos da Sabesp dizem que bactérias poderão “comer” os
microorganismos da água suja e deixá-la em condições de uso humano. O mais
curioso dessa história é que prometem encher as torneiras a partir de maio
deste ano.
Sinceramente não acredito nesta hipótese,
visto que político é fã da mentira. Caso realmente consigam cumprir esse prazo,
qual a razão para não terem feito antes? Deixaram a porta ficar em pedaços para
depois fechá-la. Na maioria das gestões públicas, assuntos sérios não merecem
destaques. Principalmente saneamento básico, cujos tubos ficam enterrados no
chão, sem qualquer visibilidade, dificultando a publicidade política.
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