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terça-feira, 10 de junho de 2014

Copa do Mundo na terra, preços no céu




Os flanelinhas continuam extorquindo motoristas para "autorizar" estacionamento perto de faculdades e estádios

Luís Alberto Alves

 Se você conseguiu comprar ingresso para assistir aos jogos da Copa do Mundo e esqueceu de reservar dinheiro para o lanche e estacionamento vai entrar na geladeira. Mais enganado ainda, caso guarde no bolso apenas duas notas de cem reais. No jogo de sexta-feira passada (6), flanelinhas extorquiam de R$ 80 a R$ 150 para os carros que estacionavam ao redor do estádio do Morumbi, Zona Sul de SP.

 Um simples hot dog não saia por menos de R$ 10. O refrigerante acompanhava essa faixa. Tudo caro. Até garotas de programas dos bordeis de luxo aumentaram seus preços. De olho nos turistas estrangeiros, o valor do programa por uma hora de prazer comprado, não sairá por menos de R$ 500 nos prostíbulos simples. Nos top de linha o valor ultrapassa R$ 1.000,00, quando às vezes não é cobrado em dólares.

 Moradores vizinhos ao Itaquerão, Zona Leste, não perderam tempo. Alguns alugaram seus imóveis pela bagatela de R$ 120 mil. Isto mesmo. O turista fica perto do campo e acomodado. Pode parecer exagero? Sim! As pessoas sabem, que talvez nunca mais teremos outra Copa do Mundo no Brasil, a última foi em 1950. Então resolveram tirar o atraso de uma só vez.

 No Rio de Janeiro os vendedores de coco na praia, olham para o rosto do comprador. Percebeu que é gringo, o valor vai ao espaço. O gosto da água de coco matando sede sairá por módicos 20 dólares, ou seja, R$ 40! Se for brasileiro, o valor cai para R$ 10. Também muito caro.

 Tentar almoçar nos restaurantes de grife perto da praia de Ipanema e Copacabana exige muita grana no cartão de crédito ou no banco. Qualquer pratinho simples não está abaixo de R$ 100. Porção de batata fritas ou lingüiça mais parecem filetes de ouro, por causa da carestia.


 Encontrar vagas em hotéis é muito difícil. As diárias subiram bastante por causa da Copa do Mundo. Os empresários do setor resolveram tirar a vida da miséria. Sabem que a procura é grande. Falam do preço, caso o cliente recuse outro entra na fila. Assim vai girar essa roda maluca até o final deste campeonato, onde só empreiteiras e Fifa ganharam rios de dinheiro. Quanto ao povo, continuará iludido com o pão amanhecido e o circo de lona rasgada, como ocorre há séculos.

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