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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Geração escrava da tecnologia



Tecnologia que aproxima pessoas distantes, afasta quem está ao nosso lado

Luís Alberto Alves

 É incrível como a atual geração de jovens se tornou escrava da tecnologia. Não conseguem fazer qualquer atividade longe do apoio da internet ou mesmo de calculadora. Mesmo tarefas simples exigem deles o apoio do Google na busca por informação, em muitos casos duvidosa. Cálculos de matemática feitos de cabeça são raros entre os adolescentes. Preferem a ajuda da máquina de calcular existentes no celular.
  Poucos desenvolvem o saudável hábito da leitura. Preferem abrir o Google e pegar a informação ali publicada e assumir verdades, que podem ser falsas. O mundo corre grande perigo, pois dentro de poucos anos, eles serão adultos, alguns ocupando postos importantes nas empresas e até mesmo em setores do governo.

 Há poucos anos ouvi de um jovem a seguinte frase: “sem internet não consigo fazer nada”! Percebi que seu mundo girava em torno de aparelhos de informática. Para fazer comida, o melhor era correr para os temíveis restaurantes de fast food, quando salutar seria degustar a alimentação repleta de arroz, feijão, salada, carne, frango ou peixe, suco de fruta natural, deixando de escanteio os refrigerantes.

 São poucas as mulheres desta geração experts na arte de cozinhar, mesmo o básico. Optam pelo rápido, cheio de calorias e substâncias químicas culpadas pelo aumento da hipertensão e diabetes, principalmente entre crianças. Pois a tecnologia está dentro das cozinhas. Quantos não fazem arroz no micro ondas? Ou mesmo outro tipo de alimento sem passar pelo fogão.

 Quantos não preferem a falsa comodidade das redes sociais em vez de apostar na deliciosa visita à casa do amigo ou amiga? Para os nossos adolescentes e jovens, mandar torpedos ou curtir a página do colega é algo que parece amizade. Não é. A tecnologia que nos faz entrar em contato com pessoas distantes, atualmente afasta quem se encontra ao nosso lado.

 Antigamente as crianças gostavam de brincadeiras de rua, como jogar taco, pega­pega, bolinha de gude, carrinho de rolimã (alguns até faziam o próprio), ou caçar passarinho. Hoje, elas grudam nos jogos eletrônicos dos celulares e esquecem de viver a infância. Desenvolvem tendinite ainda cedo, por causa do hábito de digitar rapidamente nos teclados de celulares ou tablets.

 Mesmo nos estúdios, a tecnologia tem fabricado falsos talentos. Afinal de contas os programas de computadores são capazes de afinar a voz de alguém que nasceu sem nenhuma queda para cantar. Esse avanço é responsável pelo surgimento do Pancadão. Canções de uma nota só, cuja batida rítmica nunca muda. São poucos os garotos com violão, guitarra ou cavaquinho nas mãos. É preferível usar o computador para “fabricar” uma música de péssima qualidade.


  Essa mesma tecnologia é culpada pelo desinteresse do jovem por atos tão belos, como ler um livro de romance. É a geração da velocidade. Tudo precisa ser rápido. Pegar algo nas mãos é perda de tempo. Nessa busca louca por momentos de fama, passaram a fazer fotos de todos os seus momentos, mesmo o de intimidade e postar nas redes sociais. Desconhecem que a sabedoria é o melhor que podem conquistar. Devemos desfrutar dos avanços tecnológicos, porém sem ficarmos dependentes deles.

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