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segunda-feira, 2 de junho de 2014

PCC junto com Black Blocs?



União dos bandidos do PCC ...

com adeptos dos Black Blocs não seria obra de ficção?

Luís Alberto Alves

 No final do mês passado uma notícia me chamou a atenção: “Black Blocs se unirão ao PCC e provocarão o caos na Copa do Mundo”. A matéria publicada no jornal O Estado de S.Paulo, assinada pelo experiente e competente colega de profissão Lourival Sant´Anna, que já cobriu vários conflitos armados no Oriente Médio, inclusive a queda do ditador Muamar Kadafi, da Líbia, e as manifestações estudantis no Egito, traz enfoque que considero difícil de acontecer.

 Por qual razão um grupo de manifestantes iria anunciar pela mídia a união de forças com a facção criminosa dominante na maioria dos presídios paulistas? Num trecho da reportagem é citado que a polícia não tem interesse de prender os cabeças do movimento Black Blocs, porque na cadeia eles poderiam aumentar o grau de politização dos detentos, como fizeram os presos políticos na década de 1970, no depósito de lixo de homens de Ilha Grande (RJ), criando a semente de onde nasceu a Falange Vermelha e depois Comando Vermelho, sob a batuta do universitário José Carlos dos Reis Encina, o Escadinha.

 O bando criminoso criado por Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, não precisa de gurus para fazer a cabeça dos seus comparsas. Marcola já confessou em entrevistas que lê bastante, inclusive livros de filosofia, história e sociologia, além de outros que ensinam táticas de sobrevivência na selva de pedra da atual sociedade, como “A Arte da Guerra”, escrito pelo chinês Sun-Tzu. Aliás, é só observar na maneira de agir do PCC (Primeiro Comando da Capital) para perceber que eles sabem como atacar as autoridades e provocar pânico na população.

 É muita pretensão, a meu ver, dos semi burgueses integrantes do movimento Black Blocs, tentarem ensinar o óbvio a criminosos que sabem como semear a bagunça entre o povo. A Copa do Mundo é ótima oportunidade ao crime organizado para aumentar a venda de drogas e faturar alto com a prostituição. Qual motivo eles teriam para prejudicar um evento onde ganhariam muito dinheiro, com a polícia se concentrando em reprimir protestos, deixando descobertos os pontos de venda de entorpecentes?

 Uma das táticas do PCC é justamente manter a repressão da Justiça longe dos seus negócios. Na periferia, onde são numerosos os locais de venda de drogas, caíram bastante os homicídios e assaltos. A regra é simples: assassinatos atraem a polícia e afugentam os consumidores das “biqueiras”.  Qual drogado se aventura chegar a uma rua, cheia de carros da polícia, para comprar cinco papelotes de cocaína? Qual bordel manterá as portas abertas num local de trânsito intenso de PMs?

  A cabeça dos militantes dessa facção criminosa já está feita. Não precisa de palpites de semigurus. Afinal de contas eles se encontram nesta tenebrosa estrada do crime organizado há muito mais tempo, talvez na época em que os integrantes dos Black Blocs ainda se encontravam saindo do jardim da infância. Os bandidos encastelados no PCC, durante a estadia nos presídios de segurança máxima de São Paulo, aprenderam as lições ensinadas pelo seu líder maior, Marcola, de como encurralar as instituições de segurança pública e até ameaçar o governador.

 Não cabe a mim explicar quais os motivos que influenciaram na elaboração dessa reportagem publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, mas algo de estranho existe por trás disso tudo. Por que motivo alguém iria avisar as autoridades do estrago que promete fazer durante a Copa do Mundo? Os grandes estrategistas agem de surpresa, essa é uma das regras ensinadas por Sun­Tzu, autor do badalado e lido “A Arte da Guerra”, escrito durante o século IV a.C. Jamais revelariam os planos de ataque, principalmente associação com outros grupos para aumentar suas forças. É o mesmo de o marido deixar bilhete escrito para a esposa, avisando que foi à casa da amante ou vice-versa.


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