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sexta-feira, 4 de julho de 2014

Dinheiro virtual aos poucos substitui notas de papel




Aos poucos as cédulas perdem espaço para o dinheiro virtual

Luís Alberto Alves

 Tente lembrar-se de quando foi a última vez que você pegou todo o dinheiro do seu salário e saiu com ele do banco. Melhor: recorde o dia em que reuniu várias cédulas de R$ 50 ou R$ 100 para quitar uma dívida de alto valor. A maioria optou pela tecnologia oferecida pelo sistema financeiro de fazer transferência pela internet ou mesmo no caixa automático, sem colocar as mãos na grana.

 Atualmente todas as empresas depositam o salário direto na conta corrente do funcionário. Não há contato com o dinheiro. A fatura do cartão de crédito é paga da mesma forma, o mesmo ocorre na prestação do carro, apartamento, mensalidade da escola ou faculdade; compras no supermercado. Tudo virtual. A digitação da senha autoriza a transferência ou autoriza o desconto daquela quantia no saldo daquele consumidor.

 Por causa da violência, a população escolheu este meio seguro de administrar o seu dinheiro. Ninguém ousa colocar no bolso ou valise R$ 2 mil ou R$ 5 mil. É suicídio agir deste jeito. Para evitar seqüestros relâmpagos, portaria do Ministério da Fazenda proíbe saques elevados durante o período noturno em qualquer região do Brasil. Para fortalecer o sistema, valores altos só podem ser retirados pelo cliente na própria agência onde mantém conta.

 A rapidez do processo cada vez mais joga para escanteio o talão de cheque. Para fugir dos caloteiros, vários estabelecimentos não aceitam pagamentos com a famosa folha de papel, sinônimo de dinheiro vivo décadas atrás. Ou cartão de crédito ou de débito.

 Hoje o dinheiro muda de lugar através da digitação de senhas do correntista. Caso opte para quitar prestação, recebeu o boleto no e mail ou mesmo em casa. Foi ao caixa automático, digitou a senha. O compromisso acabou saldado. Não teve contato algum com as cédulas de papel.

 Para usar o transporte coletivo, poucas pessoas utilizam dinheiro no pagamento de passagens. Entra em ação o Bilhete Único. Com a compra de crédito, elas usam ônibus, Mêtro ou trem, sem enfiar as mãos nos bolsos. O sistema identifica aquela conta abastecida e o acesso é permitido.

 Aos poucos o mundo caminha para a sociedade financeira virtual. Onde a principal moeda de troca não precisará ficar em contato direto com o homem. Basta que sua conta corrente esteja abastecida. A disputa dos criminosos é criar sistema que possa burlar a segurança do sistema financeiro e acessar informações para liberar dinheiro para suas contas. Mesmo bandidos, precisarão de conhecimento virtual para ficar com o dinheiro de suas vítimas. Pelo visto, o cartão magnético ficará mais importante que as cédulas de real ou dólar.


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