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terça-feira, 8 de julho de 2014

Vergonha, vergonha, vergonha, vergonha, vergonha, vergonha, vergonha



Torcedora lamenta a derrota da Seleção Brasileira


Luís Alberto Alves

  Esta palavra define a goleada de 7 a 1 que o Brasil sofreu da Alemanha, hoje (8) no Mineirão, nas semifinais. O técnico Felipão reconheceu que ao levar os primeiros dois gols a equipe teve um apagão. Ficou sem reação. Daí para frente o martírio aumentou. Tomou cinco gols num intervalo de 18 minutos.

 O Brasil começou a perder esta Copa do Mundo quando passou a depender exclusivamente do futebol de Neymar. Dentro do campo era visível que os melhores lances das partidas anteriores passavam pelos pés dele. Neymar incomodava os adversários nos passes e lances levando perigo.

 A linha de zagueiros da Seleção sentiu falta de Thiago Silva. Outro erro foi colocar David Luiz para atuar numa área do campo onde ele não rendeu. O meio de campo não funcionou. Bernard entrou para jogar fora da posição. Igual ao motorista acostumado a dirigir carro de câmbio manual e de repente é escalado para sair com um veículo automatizado.

Alemanha, verdadeiro rolo compressor desta Copa do Mundo, fez cinco gols no Brasil em 18 minutos

  O ataque falhou com Fred. Não explorou sua capacidade de goleador. Isolado não rendeu o suficiente. De costas para a área, quando recebia a bola e virava não conseguia marcar. Saiu vaiado e até queimado. Dificilmente retorna nas próximas escalações. Terminou o ciclo. Jô do Atlético Mineiro entrou poucas vezes, sendo incerta outra convocação.

 A seleção alemã mostrou a importância da organização. Ainda no Mundial da África do Sul, há quatro anos, começou a trabalhar visando à conquista desta Copa do Mundo. Teve foco, não perdeu tempo com besteiras e cedeu aos caprichos armados pela cartolagem e patrocinadores. No uniforme dos alemães não havia anúncios.

 A camisa canarinho parecia um xadrez com nomes de empresas. Todas querendo tirar casquinha na troca pela fortuna que deixaram nos cofres da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Ninguém oferece nada de graça, principalmente instituições comerciais. Algumas delas de relacionamento estreito com dirigentes que usam a Seleção como trampolim.

 É vergonhoso, numa Copa do Mundo, o Brasil tomar sete gols, cinco deles no primeiro tempo. Parecia pesadelo. A cada avanço dos atacantes alemães, o rosto da zaga e meio campo da nossa Seleção estampava o medo. O gesto de Dante, quando o time tomou o terceiro gol, com as mãos nas redes e ali batendo a cabeça, mostrava que já era difícil esboçar qualquer reação.

 No banco, Felipão e Parreira ficaram estáticos. Talvez não acreditassem no massacre que estava ocorrendo diante deles e de 200 milhões de brasileiros. A apatia impediu até substituições no primeiro tempo. No segundo tempo, a vergonha já era visível nos craques que estavam no banco de reservas.


 O desabafo de David Luiz, primeiro chorando e depois pedindo desculpas à nação, revela a decepção com a derrota perante a Alemanha. Porém não se pode culpar os jogadores por esse fracasso. Fizeram o que podiam. Hoje o dia era da seleção alemã. Verdadeiro rolo compressor. Séria candidata ao título de campeã desta Copa do Mundo. Resta ao Brasil a vergonha desta goleada de 7 a 1 no Mineirão.

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