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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Saúde brasileira está doente há tempos




Fechamento é tragédia anunciada do caos da saúde pública no Brasil


Luís Alberto Alves

 Nesta semana o pronto-socorro da Santa Casa de São Paulo, um dos maiores hospitais filantrópicos do Brasil, fechou suas portas por falta de condições técnicas para atender a população carente e reaberto hoje (24) após injeção de R$ 3 milhões do governo estadual. Segundo a administração, a dívida da Santa Casa gira em torno de R$ 400 milhões, além de R$ 50 milhões com fornecedores.

 Não é novidade o que aconteceu. Há muito tempo a Saúde está doente no País. Profissionais se deparam com falta de materiais básicos, como seringas, luvas e medicamentos para primeiros socorros. Existem casos de pacientes mortos por causa da ausência de remédios enquanto está internado.

 Nos finais de semana em São Paulo, metrópole com 12 milhões de habitantes, virou rotina hospitais telefonarem para a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros alertando para que não tragam pacientes, pois eles não serão atendidos por falta de condições técnicas. Mesmo casos banais como linha de sutura de cortes às vezes sumiu do estoque e não foi reposta devido à ausência de dinheiro em caixa.

 A má administração provoca a saída de bons profissionais na busca de melhores salários e condições ideais para exercer a função. Isto ocorre de médicos a enfermeiros, técnicos de radiografia, assistentes sociais entre outros. O ato extremo de fechar o pronto-socorro da Santa Casa deve ser entendido como o “fundo do poço” da saúde pública.

 Infelizmente o governo, tanto na esfera municipal, estadual e federal, pouco fazem para resolver o problema. Parece que existe o interesse de manter a população doente, visando evitar críticas à gestão. Nas diversas regiões da capital paulista onde há hospital público estadual, a mesma situação ocorre. Corredores cheios de pacientes, amontoados em macas, alguns deitados no chão e outros a espera de atendimento.

Em diversos hospitais do País os pacientes ficam amontoados pelos corredores

 Fazer exames como ultrassom ou que exijam grande complexidade é exercer a paciência ao limite. Espaços na agenda variam de três meses a um ano, quando se trata de casos de próstata. Com 200 milhões de habitantes, o Brasil tem apenas 376 aparelhos de radioterapia destinados aos pacientes que desenvolveram câncer e requer esse tipo de tratamento.


 Numa avaliação superficial parece que existe o propósito de sucatear a rede pública de saúde para empurrar a maioria da população aos braços dos hospitais privados, onde qualquer atendimento é pago. Quem não tiver dinheiro morre. Como ocorreu com um vigilante que perdeu a vida no portão de um hospital particular na Zona Leste de São Paulo. Passando mal, os funcionários do local informaram que ele não poderia ser atendido, só na rede pública. 

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