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segunda-feira, 17 de junho de 2019

Deputada sugere grupo permanente para combate ao doping no esporte



A Comissão do Esporte da Câmara realizou audiência pública para discutir o assunto na quarta-feira (12)
Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Audiência pública sobre o doping no esporte, um assunto de saúde pública
Audiência pública reuniu representantes de entidades esportivas
A deputada Flávia Morais (PDT-GO) propôs a criação de um grupo de trabalho permanente com a participação de entidades esportivas para combater o doping no esporte. Ela é autora do pedido para realização de audiência pública sobre o assunto, realizada nesta quarta-feira (12) na Comissão do Esporte.
"Nós estamos aqui encampando essa discussão na Câmara no sentido de trazer uma segurança maior para muitos jovens que não conhecem o mal que o uso indiscriminado dessas substâncias pode trazer para a sua saúde no curto e no longo prazo", declarou.
A coordenadora Geral da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, Adriana Taboza, destacou que o objetivo do controle de dopagem é justamente garantir que as competições sejam realizadas de forma justa com igualdade entre seus participantes.
Taboza informou que nos últimos três anos o órgão realizou campanhas educativas para 223 mil atletas, familiares, treinadores e outas pessoas envolvidas no treinamento e acompanhamento das competições. Além disso a entidade mantém um laboratório no Rio de Janeiro para a realização dos exames antidoping.
Anabolizantes
Flávia Morais afirmou que a discussão é importante principalmente no fisiculturismo onde a forma muscular garante pontos para os atletas.

O médico Eduardo de Rose alertou para os riscos à saúde causados pelo uso de anabolizantes. Referência brasileira no mundo no combate ao doping, de Rose reafirmou a necessidade de campanhas ostensivas sobre os prejuízos à saúde no uso desses produtos, uma vez que a prática tem se disseminado por todo o País.

"Pesquisas mostram que já há um uso de anabólicos nas escolas secundárias para ter um físico mais bonito que possa sensibilizar uma garota. A gente vai para as academias e vê um uso de anabólicos em virtude dessa busca moderna desse físico perfeito, a gente vê nos esportes recreativos muito uso e a gente também vê em esporte profissional que é praticamente o único local que a gente detecta o uso do doping", relatou.

O presidente da Confederação Brasileira de Musculação, Fisiculturismo e Fitness, Maurício de Arruda, afirmou que a confederação vem tomando providencias para coibir o uso de anabolizantes e outras drogas pelos fisiculturistas.

Arruda destacou que a confederação mudou a arbitragem e novas categorias de competição foram criadas como forma de garantir um ambiente de competição mais saudável, mas reconhece que ainda existem campeonatos que são realizados no Brasil por entidades que não atendem às determinações de combate ao doping.

Dificuldades

O representante da Organização Nacional das Entidades de Desporto, Humberto Panzetti, chamou a atenção para a dificuldade que as entidades ligadas aos esportes não olímpicos têm no acesso a exames antidopping, que custam em média R$ 2 mil, dificultando a análise dos atletas nas competições.

"Para uma entidade pequena num esporte que não tem as fontes de receitas essas estão fadadas a não fazer e muitas vezes estão sendo crucificadas por isso”, revelou. Ele também reclamou da falta de amparo do setor público. “E pior estamos caindo na questão da marginalidade", lamentou.

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