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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Mensaleiros condenados terão de pagar quase R$ 10 milhões à Justiça


O mensaleiro Valdemar Costa Neto diz não ter de onde tirar quase R$ 1 milhão para pagar a multa cobrada pela Justiça


Luís Alberto Caju

 Fiquei pasmo com a reação dos mensaleiros condenados pelo STF (Superior Tribunal Federal) para que paguem as multas relativas ao julgamento do Mensalão.  A VEP (Vara de Execuções Penais) do Distrito Federal determinou ontem (6) que o ex-deputado José Genoino (PT/SP) desembolse R$ 468 mil e o empresário Marcos Valério, R$ 3 milhões.

 Nesta lista estão incluídos o ex-parlamentar Valdemar Costa Neto, que precisa tirar do bolso cerca de R$ 1 milhão. Os ex-sócios de Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz vão ter de pagar, respectivamente R$ 2,8 milhões e R$ 2,53 milhões. Eles têm dez dias para quitar a dívida. Do contrário, os valores serão incluídos na Dívida Ativa da União, de acordo com o art.51 do Código Penal.

 Essa parcela de condenados do mensalão, no total foram 12 réus que perderam a liberdade, chora “as pitangas”, dizendo que não têm dinheiro para pagar a multa estipulada pelo STF. Quem desconhece a vida deles vai acreditar que falam a verdade. Aliás, nos meus tempos de repórter de Polícia nunca encontrei presidiário que assumisse a culpa pelos crimes cometidos. Todos eram inocentes, mesmo com provas reais do delito e reconhecimento das vítimas.

 O ex-deputado Costa Neto lamentou e fez cara de triste dizendo que não tem de onde tirar os quase R$ 1 milhão para zerar a dívida com a Justiça. Mas e o dinheiro que ele e os outros mensaleiros desviaram durante o assalto aos cofres públicos está onde? Só criança e bobo para crerem numa conversa dessa.

 Acredito que parte dessa fortuna desviada por esses mensaleiros esteja nos famosos paraísos fiscais no Exterior, onde há dinheiro de outros políticos ainda não atingidos pela balança da Justiça.  Como dizia um antigo colega de trabalho: “em bordel não há mulher virgem”. Fico parecendo idiota ao ver o empresário Marcos Valério afirmar não ter os R$ 3 milhões cobrados pela Vara de Execução Penais do Distrito Federal.


 Digo sem medo de errar, que se quebrar o sigilo fiscal da maioria dos políticos brasileiros, a Receita Federal vai encontrar indícios de enriquecimento ilícito em muitos deles. Como pode alguém entrar pobre no Congresso Nacional e após dez anos virar dono de fazendas, diversas casas em condomínios fechados, vários veículos importados e alto padrão econômico de vida? Tudo isso só com o “módico” salário de R$ 26 mil? 

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