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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Internet já causa dependência igual às drogas




No Brasil, diariamente 8 milhões de pessoas não conseguem ficar longe da rede social


Luís Alberto Caju


 Pouco tempo atrás o filho de um amigo me disse algo incomum: “não posso ficar sem navegar na internet”. Garoto entrando na fase da adolescência, imaginei que soltou essa frase visando nos impactar, pois estávamos almoçando juntos. Quase no final deste mês de janeiro, recebo um release (material informativo sobre qualquer assunto jornalístico que abastecem redações e profissionais da imprensa em geral) falando a respeito de pessoas viciadas em internet.

 O autor do livro, Idolatria Virtual, Rodrigo Faria, apurou que o uso excessivo deste mecanismo pode provocar dependência semelhante às drogas. Pesquisa do Hospital das Clínicas de São Paulo revela que 8 milhões de brasileiros atualmente não podem ficar distantes das redes sociais. O vício atinge 10% dos usuários de computadores e 20% de quem usa smartphones.

 Sugiro que os leitores assistam à reportagem exibida no telejornal Hoje, da Rede Globo, mostrando o desespero de uma mulher procurando ajuda para se livrar da dependência da internet. Acessem o link: http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2014/01/mulher-procura-ajuda-para-se-livrar-da-dependencia-da-internet.html. O livro de Faria fala de pessoas que se afastaram do convívio social para passar dia e noite diante da tela do computador.

 O autor de Idolatria Virtual explica que a obsessão do mundo virtual sobre as pessoas muda os hábitos. O livro alerta pais, educadores, pesquisadores e psicólogos sobre o uso desequilibrado de todo tipo de conexão virtual ao alcance das mãos das pessoas. Sem querer posar de paizão sabe tudo, Faria ressalta que o canal de comunicação criado para interagir entre amigos de uma universidade nos Estados Unidos, avançou tanto que se espalhou entre comunidades de todo o mundo, reinventado a forma de se relacionar numa sociedade sedenta por novos meios de conexão.

  Deixou de ser novidade, adolescentes, jovens e adultos sentados na mesa durante o almoço ou jantar prestando atenção às mensagens enviadas no smartphone, sem qualquer reverência ao ato de estar reunido em família para comer. O importante é falar com o amigo virtual, deixando em segundo plano as amizades verdadeiras, pois estão ao seu lado e alcance dos olhos.

 Casais de namorados são vistos em passeios por parques ou shopping center munidos de smartphones. Cada um preocupado em falar ou mostrar a quem se encontra distante, o que está fazendo naquele momento. No trânsito é rotina encontrar motoristas dirigindo veículos com uma só mão, pois na outra está digitando torpedos no telefone celular, sem a preocupação de provocar acidente.

 Faria é vice- presidente de empresa do ramo químico na cidade de León (México). Nos finais de semana é pastor de uma igreja evangélica naquele país. O frequente contato com grupos de adolescentes serviu para lhe revelar a relação dessa parcela da população com o mundo virtual. Muitos já estavam provocando problemas em casa, por causa da dependência na internet.

  Preocupados apenas em “navegar”, a maioria fica sedentária, passa a se alimentar mal, além de ficarem sentados várias horas em posições inadequadas, causando agressões à coluna cervical. A vida saudável passou para segundo plano, pois vivem paralisadas durante horas diante do computador ou sentadas com um celular para acessar as redes sociais.

 O internauta precisa colocar limite no tempo dedicado a essa atividade. Deve se disciplinar. Mesmo que o bate-papo e as fotos postadas estejam interessantes, não é aconselhável ceder à tentação de passar o seu tempo todo diante daquela tela. Para quem pretende adquirir o livro eis a dica: Idolatria Virtual, editora Abrindo Página, 64 páginas, preço: R$ 19,90.



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