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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Ex-gerente da Petrobras garante ter avisado presidência sobre corrupção




Segundo Venina, o esquema começou em 2008

Luís Alberto Alves

 A ex-gerente da Petrobras, Venina Velosa da Fonseca, revelou ontem (21) no programa Fantástico da Rede Globo, que avisou a atual presidente da estatal, Graça Foster, sobre irregularidades na empresa. Segundo ela, os problemas começaram em 2008 e todos seus superiores foram alertados. Mas, pelo visto, as denúncias caíram no vazio.

 Para mostrar que não estava blefando, Venina entregou seu computador pessoal à Polícia Federal, onde o disco rígido e demais informações serão periciados.

 Pelo que descreveu Venina, o esquema de corrupção na Petrobras é semelhante paciente num estado terminal, com todos os órgãos comprometidos. De acordo com ela, ocorria pagamento de serviços não prestados, de contratos que aparentemente estavam superfaturados. Nas negociações, o código ética da estatal acabava ignorado pelos supostos corruptos.

 De acordo com Venina, o primeiro a ser informado foi o então diretor Paulo Roberto Costa, que recentemente num processo de delação premiada, onde terá redução de pena, resolveu abrir o bico e contar como funcionava o esquema na Petrobras. Todas pessoas com poder para resolver a questão receberam avisos de Venina, até o presidente Sérgio  Gabrielli.

 Mas quando o esquema é forte, onde todos lucram com a corrupção, a regra é ignorar os avisos, quando partem de pessoas honestas. Infelizmente se percebe que a Petrobras esteve nas mãos de mafiosos, interessados apenas em arrancar dinheiro nas negociatas. O mais estranho nesta história é Graça Foster receber e-mail de Venina e permanecer calada, deixando a roubalheira prosseguir.

 Agora cabe à presidente Dilma Rousseff (PT), que já foi funcionária da estatal, tomar enérgicas atitudes para acalmar os acionistas, principalmente, e a opinião pública.  E todos os envolvidos neste crime devem ser punidos e confiscados os bens comprados com dinheiro sujo. Não vale é continuar fazendo discursos vazios, dizendo inexistir irregularidades naquela estatal. É o mínimo que devemos esperar de uma presidente da República comprometida com a ética.


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