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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Ditadura do celular



Tecnologia sofisticada que aproxima e afasta pessoas

Luís Alberto Alves

 Hoje milhões de pessoas são reféns da ditadura do celular. Não conseguem sair de casa sem este telefone móvel. Mesmo no banheiro, sentados no vaso sanitário, ficam livres dele. Nos restaurantes, durante almoços em grupos, ou até mesmo ao lado de familiares, virou rotina as pessoas navegando na internet ou no wathsApp.

 As relações ficaram frágeis. É mais fácil falar com alguém que esteja no Exterior ou mesmo em outras regiões do Brasil, do que conversar ou prestar atenção ao que diz o filho, filha, marido ou esposa. O distante ganhou status de interesse. Quem está perto acabou de lado. Não  merece mais atenção.

 Nas reuniões de trabalho são regra os participantes ouvindo as instruções do chefe ou diretor, porém munido de celulares. Outro terror são os famigerados salfies. Nem mesmo velório escapa dele. Virou espécie de prova. É preciso se auto fotografar comprovando que esteve naquele local. Os jovens abusam de tudo. Alguns fazem selfies com o rosto inchado e olhos cheios de cera ao acordar.

  Infelizmente a mesma tecnologia que aproxima o parente distante, possibilitando envio de fotos e vídeos familiares, é usada para destruir as relações. Maridos e mulheres deitam, ambos de celular nas mãos. Em vez do carinho e até relação sexual, os dois preferem circular pela internet até o sono chegar.

 O trânsito já registra acidentes provocados por motoristas que conduziam o veículo, com uma das mãos e a outra usava para digitar no celular. É rotina o semáforo abrir, e o carro continuar parado. Motivo: as redes sociais ou o famoso whatsApp prendem a atenção daquele alguém, despreocupado com a imensa fila de veículos atrás de si.


 Por causa das inúmeras ferramentas existentes nos atuais celulares, desde jogos a aplicativos possibilitando baixar músicas, vídeos, livros e outras “guloseimas” eletrônicas, as pessoas viraram reféns deste aparelho. Agora tudo gira em torno dele. Como se fosse a peça mais importante da vida. É perigoso quando uma sociedade passa à condição de reféns de uma máquina, deixando em segundo plano as relações pessoais. 

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