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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Sono pode ter provocado acidente na Régis Bittencourt?


O acidente provocou a morte de 15 pessoas
Luís Alberto Caju
 Na madrugada de domingo (22), um ônibus da Viação Penha, com 54 passageiros, caiu numa ribanceira, próximo ao km 300 da Rodovia Régis Bittencourt, pista PR/SP. Quinze pessoas morreram no acidente e 33 ficaram feridas. O veículo viajava de Curitiba em direção ao Rio de Janeiro. Ele saiu da capital do Paraná às 20h15 de sábado (21) e sofreu o desastre por volta das 2h30 do domingo, quando passava próximo à São Lourenço da Serra, Região Metropolitana de São Paulo.
 Em depoimento à polícia, o motorista Oseas dos Santos Gomes, 56 anos, 24 deles dirigindo ônibus, seis anos na atual empresa, disse que não se lembra de como ocorreu o acidente, apenas viu mato na frente. De acordo com o delegado Renato Gonçalves, do distrito policial de Itapecerica da Serra, Grande São Paulo, Gomes não soube explicar como tudo aconteceu. Exames constataram que ele não ingeriu bebida alcóolica.
 O motorista garantiu ter 12 horas de folga antes de assumir a direção do ônibus. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o desastre ocorreu numa curva moderada da Régis Bittencourt, sem defeitos no asfalto e com sinalização adequada. No local não havia marca de frenagem brusca. Gomes afirmou, em depoimento, que percebeu a perda de controle do veículo quando ele rolava pela ribanceira.
 A passageira Elizabeth de Souza, psicóloga em Santa Catarina, ressaltou que o ônibus bateu em um lugar mole, pois não provocou barulho e começou a rodar. De acordo com o delegado, estava prevista uma parada no meio da madrugada, na Via Dutra, para troca de turno do motorista, que não ocorreu por causa do acidente.
 O curioso no relato de Gomes é ele afirmar que percebeu que não tinha mais controle do veículo quando começou a descer pela ribanceira. Durante a noite acontece de o motorista adormecer de “olhos abertos”. Ou seja, os reflexos reduzem e a pessoa não percebe que está dormindo. Se estivesse acordado teria freado na curva ao pressentir o perigo, como faz qualquer condutor de veículo na iminência de um acidente.
 A Polícia Rodoviária Federal ressaltou não existir marcas de freadas bruscas no local. Que é de curva moderada, não exigindo grande esforço para contorná-la. A passageira que se lembra de que o veículo ter batido em algo mole e começado a rodar em seguida, é outro indício de que os reflexos de Gomes estivessem reduzidos.
 No horário do acidente (às 2h30), o motorista já estava dirigindo há mais de 6 horas (período suficiente de uma viagem de São Paulo ao Rio de Janeiro). Não se sabe o local da Dutra onde ocorreria a troca de turno, mas é bem provável que a jornada teria passado das 8 horas. A perícia vai indicar o que realmente aconteceu, mas é muito grande a suspeita de que o sono de Gomes seja o responsável por esse grave acidente.


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