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sábado, 28 de dezembro de 2013

Nossos ídolos continuam os mesmos


O primeiro disco, lançado em 1976, que abriu a estrada do sucesso para Djavan, nele está "Flor de Lis"


Luís Alberto Caju

"....Nossos ídolos ainda são os mesmos/e as aparências/não enganam não/ você diz que depois deles/ não apareceu mais ninguém/ você pode até dizer/ que eu estou por fora/ ou então/ que eu estou enganando..” O trecho da canção “Como os nossos pais”, autoria de Belchior e gravada em 1976, já naquela época mostrava que a renovação passava longe do mundo da música.

 O show biz tenta emplacar artistas de proveta, mas conseguem ficar pouco tempo em cartaz. Porém o que mais chama a atenção é que o avanço da tecnologia não contribuiu para existir novos cantores. Quando se compara com 60 anos atrás, o talento prevalecia, pois os estúdios eram simples, oferecendo poucos recursos técnicos.

 Nos exemplos citados abaixo, estão cantores e bandas com mais de 30 anos de estrada, algumas já com meio século de caminhada, fica claro que apesar das armações dos The Voice da vida, os ídolos musicais de muitos jovens ainda continuam sendo os dos pais. Contra fatos não existe argumentos.

Os grandes intérpretes que ainda arrastam multidões às suas apresentações, já passaram dos 60 anos tanto no Brasil quanto no Exterior. Todos os componentes dos Rolling Stones se aproximam dos 70. Mesmo assim encontram fôlego para cantar os velhos sucessos em suas turnês. Mick Jagger tem 71 anos. A banda existe desde 1962.

Os Rolling Stones começaram a cantar em 1962, Mick Jagger tem 71 anos

 E Jorge Benjor? Cinquenta anos de carreira e ainda mantém o mesmo vigor, também com 71 anos. Sua batida na guitarra atravessou o mundo e o transformou num grande ícone da Black Music brasileira. Quem não o conhece, imagina que esteja diante de um artista com 50 anos, por causa do vigor, num show que passa das 2h. Tudo sem demonstrar cansaço.
Jorge Benjor gravou o primeiro disco em 1963
 Não se pode esquecer nesta lista de Djavan, 64 anos, autor da célebre “Flor de Lis”, gravada em 1976, seu primeiro álbum. Em qualquer país suas apresentações têm muito público, por causa da ótima qualidade das canções que interpreta e do estilo do seu violão. Vários dos admiradores são jovens, alguns com menos da metade da idade de Djavan.

 Caetano Veloso, com mais de 45 anos de estrada, é outro cantor de forte atração junto ao público. Autor de músicas que se tornaram clássicas, como “Sampa”, “Você é Linda”, “Alegria, Alegria”, o peso da idade é menosprezado pelos os fãs. Muitos não percebem que assistem ao show de um setentão.
Caetano Veloso tem mais de 45 anos de carreira

 Nesta galeria de grandes artistas está incluído Gilberto Gil. Ele já atravessou, também, o portal dos 70 anos de idade. Perto dos 50 anos de carreira, Gil ainda coloca fogo na plateia quando começa cantar inúmeros de seus sucessos, variando de MPB, Samba, Rock, Sertanejo, Reggae, Soul, Funk (o legítimo dos Estados Unidos) e baladas românticas no estilo R&B.
Gilberto Gil já passou dos 70 anos, mas continua firme na estrada do Show Biz

 Martinho da Vila, que deixou o Exército, onde era sargento, é outro artista que enriquece o Samba. Aos 75 anos, lançou o primeiro disco em 1969. A partir daí emplacou várias músicas nas paradas de sucesso, numa época em que este estilo de canção não tocava muito nas rádios e programas de televisão. Em qualquer mesa de boteco, principalmente no final de ano, não faltam hits dele, como “Casa de Bamba”, “Pequeno Burguês”, “Madalena do Jucu”, “Quem é do mar não enjoa” entre outros. Em 1995  vendeu 1 milhão de cópias do álbum Tá Delícia, Tá gostoso.
Martinho da Vila, sambista com 45 anos de sucesso, lançou primeiro disco em 1969

 Maria Bethânia, 67 anos, uma das maiores intérpretes brasileiras, é outra artista cuja carreira já chegou aos 49 anos. Assistir a shows dela é verdadeira aula para quem gosta de músicas na voz de alguém bem profissional. Enquanto os norte-americanos tiveram Carmen McRae, Janis Joplin, Ella Fitzgerald, Etta James e, claro, ainda têm Aretha Franklin, o Brasil conta com Bethânia.
Maria Bethânia começou a gravar em 1965, está com 67 anos

Os fãs do Jazz/Pop não nunca se esquecem de George Benson, 70 anos, cuja carreira começou em 1963, quando estava com 20 anos. Quando vem ao Brasil, não precisa de muita badalação para atrair várias pessoas aos seus shows. Só os primeiros acordes da inesquecível “Affirmation”, seguida de “Breezin” tiram as dúvidas de o “velhinho” é Benson e muita energia vai rolar.
O setentão George Benson ainda prossegue com muita energia na estrada do sucesso

 A banda Eart Wind & Fire, com 45 anos de estrada, ainda mantém o mesmo charme nas suas apresentações. Seus principais componentes já estão perto dos 60 anos, principalmente o vocalista Philip Bailey, a voz aguda da bela canção “Reasons”, gravada em 1975.
Earth Wind & Fire, ícone da Black Music dos EUA desde 1968
 E o que falar de outro grupo de Black Music, Kool and The Gang, com várias canções emplacadas nas paradas de sucesso nos últimos 44 anos. O conjunto foi criado em 1964 na cidade de Nova Jersey. Nas festas de fim de ano nos Estados Unidos, o hit “Celebration”, canção da banda na década de 1980, não falta em nenhuma festa.
A Kool and The Gang surgiu em 1964 e gravou o primeiro disco em 1969
 Outro que não falta nesta lista de grandes talentos, que já passaram dos 60 anos, está incluído Johnny Rivers, que já tem 71. Com praticamente 50 anos de carreira, ainda leva muito público aos seus shows, onde não faltam belas baladas como “Do You Wanna Dance?”, “Poor Side of Town” entre outras.
Johnny Rivers, 71 anos, soltou o primeiro disco em 1964

Desta lista não fica de fora, um dos pais da Funk Music ao lado de James Brown; a nitroglicerina pura George Clinton, na estrada desde 1955, quando pisou num palco, então com 14 anos de idade. Quando se fala de Funk, Rock, Soul e R&B, Clinton tem menção honrosa. Ele é responsável pelo lançamento da banda Red Hot Chili Peppers no cenário do Rock. Também é criador dos grupos de Black Music Parliament e Funkadelic.
George Clinton canta desde 1955 e lançou a banda de rock Red Hot Chili Peppers

 Para os mais novinhos, cito a banda de Rock Kid Abelha, que em 1984 gravaram o primeiro disco e o nome original era Kid Abelha e os Abobóras Selvagens. Os três membros originais (o baixista Leone saiu) prosseguem na caminhada: a vocalista Paula Toller, o saxofonista George Israel e o guitarrista Bruno Fortunato.
Kid Abelha em 1984, ainda com baixista Leoni, último à direita

Com 31 anos de estrada e seus componentes Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone ainda atraem muitos jovens aos seus shows. A rapaziada nem imagina que já se passaram tantos anos quando eles estouraram nas paradas com o hit “Vital e Sua Moto”. O Hit “Meu Erro” ainda continua no repertório de qualquer baile que ocorra numa faculdade. 
Paralamas do Sucesso em 1981

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