Para fingir que trabalham, têm 90 dias de férias, se aposentam com salário integral, o discurso vazio está sempre na boca |
Luís
Alberto Caju
Político
é conhecido por dar nó em pingo d´água. Conseguem mentir com a maior cara de
pau, independente do lugar em que esteja. Os que já se encontram no inferno (e
são muitos) devem estar provocando muitas dores de cabeça ao Diabo, o
inspirador da maioria, pois como disse Jesus, ele é o pai da mentira.
Veja como consiste o discurso usado tanto na
campanha buscando a eleição, quanto aquele utilizado quando se encontra no
poder, desfrutando de todas as mordomias, inclusive o direito de conseguir se
aposentar com salário integral (no Congresso Nacional os deputados recebem
vencimentos de R$ 26 mil).
Caso ele esteja na periferia e a população
cobre ações práticas para solução de problemas, sairão de sua boca essas
palavras: “A necessidade emergente se caracteriza por uma correta relação entre
estrutura e superestrutura, no interesse primário da população, substanciando e
vitalizando, numa ótica preventiva e não mais curativa, a transparência de cada
ato decisional”.
Se a plateia for de nível escolar mais
elevado, o sacana vai abrir a conversa fiada deste jeito: “O quadro normativo
prefigura a superação de cada obstáculo e/ou resistência passiva sem prejudicar
o atual nível das contribuições, não assumindo nunca como implícito, no
contexto de um sistema integrado, um indispensável salto de qualidade”.
Mas ele pode discursar dessa forma para
estudantes: “O critério metodológico reconduz a sínteses a pontual
correspondência entre objetivos e recursos com critérios não-dirigísticos,
potenciando e incrementando, na medida em que isso seja factível, o aplanamento
de discrepâncias e discrasias existentes”.
Diante de empresários, de olho na doação de
campanha, o político começa falando deste jeito: “O modelo de desenvolvimento
incrementa o redirecionamento das linhas de tendência em ato para além das
contradições e dificuldades iniciais, evidenciando e explicitando, em termos de
eficácia e eficiência, a adoção de uma metodologia diferenciada”.
Para exigir que o
eleitor não fuja da urna, o cara de madeira entra com essa conversa fiada: “O
método participativo propõe-se a o reconhecimento da demanda não satisfeita
mediante mecanismos de participação, não omitindo ou calando, mas antes
particularizando, com as devidas e imprescindíveis enfatizações, o
coenvolvimento ativo de operadores de operadores utentes”.
Em todos esses
exemplos de discurso, o conteúdo é vazio. A pessoa consegue não dizer nada com
toda essa quantidade de palavras. É um meio de encher linguiça, sem que eleitor
perceba que o candidato ou político está falando, de forma delicada, que sua
plateia é composta de bobos, carente de qualquer senso crítico.
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