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sábado, 28 de dezembro de 2013

Conversa sem conteúdo é a base do discurso de político


Para fingir que trabalham, têm 90 dias de férias, se aposentam com salário integral, o discurso vazio está sempre na boca


Luís Alberto Caju

  Político é conhecido por dar nó em pingo d´água. Conseguem mentir com a maior cara de pau, independente do lugar em que esteja. Os que já se encontram no inferno (e são muitos) devem estar provocando muitas dores de cabeça ao Diabo, o inspirador da maioria, pois como disse Jesus, ele é o pai da mentira.

 Veja como consiste o discurso usado tanto na campanha buscando a eleição, quanto aquele utilizado quando se encontra no poder, desfrutando de todas as mordomias, inclusive o direito de conseguir se aposentar com salário integral (no Congresso Nacional os deputados recebem vencimentos de R$ 26 mil).

 Caso ele esteja na periferia e a população cobre ações práticas para solução de problemas, sairão de sua boca essas palavras: “A necessidade emergente se caracteriza por uma correta relação entre estrutura e superestrutura, no interesse primário da população, substanciando e vitalizando, numa ótica preventiva e não mais curativa, a transparência de cada ato decisional”.

 Se a plateia for de nível escolar mais elevado, o sacana vai abrir a conversa fiada deste jeito: “O quadro normativo prefigura a superação de cada obstáculo e/ou resistência passiva sem prejudicar o atual nível das contribuições, não assumindo nunca como implícito, no contexto de um sistema integrado, um indispensável salto de qualidade”.

 Mas ele pode discursar dessa forma para estudantes: “O critério metodológico reconduz a sínteses a pontual correspondência entre objetivos e recursos com critérios não-dirigísticos, potenciando e incrementando, na medida em que isso seja factível, o aplanamento de discrepâncias e discrasias existentes”.

 Diante de empresários, de olho na doação de campanha, o político começa falando deste jeito: “O modelo de desenvolvimento incrementa o redirecionamento das linhas de tendência em ato para além das contradições e dificuldades iniciais, evidenciando e explicitando, em termos de eficácia e eficiência, a adoção de uma metodologia diferenciada”.

Para exigir que o eleitor não fuja da urna, o cara de madeira entra com essa conversa fiada: “O método participativo propõe-se a o reconhecimento da demanda não satisfeita mediante mecanismos de participação, não omitindo ou calando, mas antes particularizando, com as devidas e imprescindíveis enfatizações, o coenvolvimento ativo de operadores de operadores utentes”.

Em todos esses exemplos de discurso, o conteúdo é vazio. A pessoa consegue não dizer nada com toda essa quantidade de palavras. É um meio de encher linguiça, sem que eleitor perceba que o candidato ou político está falando, de forma delicada, que sua plateia é composta de bobos, carente de qualquer senso crítico.



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