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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Roteiro para transformar o filho num criminoso


Muitos jovens entram na criminalidade em busca das facilidades que encontrou em sua casa


Luís Alberto Caju

  Há dois caminhos certeiros para jogar um filho nas mãos de criminosos. O primeiro é não dar qualquer atenção a ele. Nunca ter tempo para jogar futebol ou passear. Ficar concentrado nos assuntos relacionados ao serviço. Recusar qualquer tipo de contato, após a chegada do trabalho.

 Na adolescência continuar evitando diálogo, apenas se concentrando em ditar regras de bom comportamento. Tudo de forma ditatorial. Mesmo quando o garoto ou a garota tiver qualquer dúvida, ficará com medo de falar. É a reta fácil para ouvir os conselhos errados vindos da rua. Infelizmente ela sabe como conversar com quem não encontra comunicação dentro da própria casa.

                                               Perfumes caros
 A segunda avenida para entregar o filho (a) para o lado errado da vida é suprir todos os seus caprichos. Até os mais absurdos. Como aparelhos eletrônicos de valor elevado e top de linha, tênis ou sapatos finos, roupas de grife, perfumes caros, além de bastante dinheiro para as famosas baladas.

 Dentro de casa não deixe eles lavarem um copo ou prato onde comeu. Jamais permita que passem suas próprias roupas nem as lavem. Limpeza doméstica é algo que deve passar longe dos amados (a). Arrume a bagunça deles sempre. Mesmo quando deixam blusas na sala, os calçados na cozinha, os cadernos e livros jogados sobre a cama.

                                              Território fechado
 Transforme os quartos dos seus filhos num território fechado. Como pai ou mãe peça licença para entrar, principalmente quando tiverem navegando na internet. Nunca demonstre interesse pelos sites que eles visitam diariamente, mesmo que seja de pedófilos ou de grupos simpatizantes pela liberação de drogas no País. Jamais pergunte quem são seus amigos, onde moram e o que fazem os seus pais.

 Desta forma eles crescerão com a imagem distorcida de que o mundo será igual os pais, que satisfaz todas suas vontades. Logo descobrirão as duras regras impostas pela vida. A primeira dela é no vestibular, onde só entra em boas faculdades quem estuda muito. Quando lá estiver precisará tirar notas excelentes para sair diplomado.

                                               Cumprimento de prazos
 Ao chegar ao mercado de trabalho, logo perceberá que o chefe não amacia com nenhum funcionário. Dependendo da função exigirá cumprimento de prazos e produção. Do contrário será demitido. Ali ninguém passará as mãos na sua cabeça. Quem foi muito mimado em casa vai estranhar este “mundo novo”. Não são novidade, apenas as regras da vida.
A prostituição é o caminho escolhido por jovens mulheres em busca de dinheiro sem esforço

 Caso a mente desse jovem seja fraca, logo mergulhará no mundo do crime, em busca do dinheiro fácil. Já as meninas terão forte queda para se prostituir, também visando obter bom padrão sem esforço. Esses dois caminhos são perigosos: roubar ou traficar drogas resultam em cadeia. Prostituição anda de braços dados com doenças sexualmente transmissíveis graves, como a Aids. Tudo por que pais irresponsáveis não souberam passar os fundamentos básicos da educação dentro de casa.

                                                Paz e amor
Antes da década de 1970, era forte a repressão da família sobre as crianças. Como a maioria das mães ficava em casa, qualquer deslize resultava em punição. Ela poderia sofrer acréscimo com a chegada do pai à noite. Ou seja, a rédea tinha tamanho curto tanto para meninos quanto para meninas. A liberdade dentro de casa existia sob vigilância dos pais.

 Os filhos que nasceram de 1970 em diante pegaram o sopro do movimento Paz e Amor, iniciado pelos hippies nos Estados Unidos, que pregavam relacionamento livre. Assim como o consumo de drogas sem qualquer tipo de remorso. Para essa geração, os pais deveriam ser democráticos com os filhos. Amenizaram na cobrança de regras básicas.
Uma das regras do movimento hippie era criar os filhos sem impor deveres duros de educação

                                               Horário flexível
 Nesta espiral, as crianças e adolescentes ganharam liberdades que seus avós (quem nasceu na década de 1950 e 1960) não tiveram. Podiam sair e chegar em casa a hora que desejassem. Tudo em nome da liberdade. Com a chegada da pílula anticoncepcional e depois da massificação do preservativo as relações sexuais não ofereciam mais o medo da gravidez indesejada.

 Da década de 1990 em diante, muitos jovens adotaram o comportamento de que o mundo precisa cumprir os seus caprichos. Qualquer tipo de conversa dura é considerado como repressão de direitos. Filhos passaram a agredir pais dentro de casa e até abandoná-los em casas de repouso. Prevalece o individualismo. O importante é ter no lugar do ser.

                                                Falta de fidelidade
 O culto à beleza é incentivado por diversos programas de televisão. Dentro das empresas são poucos os funcionários nesta faixa etária que permanece muito tempo no local, mesmo quando passaram por investimento profissional para ocupar determinado posto. Ao tomar conhecimento de outro posto, ganhando salário maior, pedem a demissão rapidamente.


 Nesta geração os relacionamentos são baseados no interesse. Regra aplicada a homens e mulheres. O trampolim social é o mais praticado, desde a faculdade ao mercado de trabalho. Não há preocupação com futuro. Tudo se resume ao presente, como se o mundo fosse acabar agora. Esse imediatismo é fruto da geração pós década de 1970, que apostou no “liberou geral”. Em vez de abrir a porteira devagar, resolveram arrancá-la.

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