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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Nas redes sociais inocência tem hora




Nas redes sociais existem muitos lobos prontos para dar o bote

Luís Alberto Caju

 As redes sociais provocaram um efeito em cascata na maioria dos internautas: muitos sem qualquer malícia, principalmente adolescentes, postam fotos de objetos de valor, falam onde compraram e até quanto pagaram. Para jogar mais lenha na fogueira da inocência descrevem a rotina, desde o colégio ou faculdade, até o trabalho; com quem sai para passear ou mesmo paquerar.

 Há fotos do interior das casas, principalmente na sala, onde ganham destaque os objetos eletro eletrônicos. No caso de Ipads ou tablets, diversos internautas descrevem como compraram e até a forma de pagamento ou se ganhou de presente do namorado (a) ou dos pais.

                                               Objetos de valor
 A polícia desaprova esse tipo de conduta. Alerta que a internet é um lugar onde existem pessoas boas e ruins. Já ocorreram assaltos e sequestros em que os bandidos chegaram até a vítima pela rede social onde ela postava seus objetos de valor.

 Descobriram o endereço, copiaram a foto da casa e só a aguardaram chegar. Ela não pode desmentir os criminosos, porque os objetos existentes nas fotos daquela rede social eram os mesmos que se encontravam na residência.

                                                Intimidade
 Outro problema grave é a exposição de assuntos relativos à vida íntima. Há mulheres (adolescentes e jovens) que escrevem e colocam fotos de namorados quando se encontram deitados em camas de motéis ou mesmo no local onde residem. Dizem, sem qualquer malícia, que saiu com alguém e que ele não era bom na arte do sexo.

 Essas pessoas imaginam que ao colocar esses assuntos na internet é o mesmo de fofocar para o colega de escola ou de trabalho. Desconhecem que tudo que é inserido numa página da rede social, logo é copiado pelo Google e espalhado mundo afora. É igual subir no último andar de um edifício bem alto e dali soltar grande quantidade de penas. Será impossível recolhê-las depois.

                                                Vida profissional
 No caso de emprego, a rede social virou depósito de críticas à empresa onde o internauta trabalha. É comum se deparar com xingamentos a chefes e até mesmo patrões. Reclamam que o dono anda de iate e os funcionários ganham salário de miséria ou que o local mais se parece com banheiro sujo por causa das falcatruas ali feitas.

 Para deixar o currículo mais feio, determinadas pessoas postam fotos onde aparecem sentados em mesas de bares, bebendo e até insinuando uso de drogas mais pesadas. Ao lado da foto escrevem que ninguém é de ferro e precisam relaxar. Esquecem-se de que ao procurar outro trabalho, o gerente de RH vai olhar nas redes sociais como é o comportamento do futuro funcionário.

                                                 Religião
 O item religião é outro tema bem abordado nas redes sociais. Alguns sem qualquer conhecimento profundo do tema escrevem absurdos, que um aluno iniciante de teologia teria profundo ataque de riso. Há dois tipos de internautas neste quesito: o religioso fervoroso que vende de forma quase perfeita o seu peixe, apostando que sua crença é a melhor de todas e o desiludido, que classifica a fé como alienação.

 Os debates ficam quentes e às vezes surgem discussões por causa de assuntos sem qualquer importância. Na vida profissional isto também conta pontos. Principalmente quando o candidato vai procurar emprego numa firma onde o proprietário coloca muita fé na sua crença. O pretendente à vaga pode sair bem em diversos pontos dos testes e entrevista e perder vaga por causa de um comentário que fez em relação a determinada religião, classificando seus seguidores de idiotas ou fanáticos. Como se vê, inocência tem hora.


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