Luís
Alberto Alves
Neste dia 1° de abril, conhecido como o Dia da
Mentira, gostaria que muitas verdades não fossem realidade. Apenas algo criado
pela imaginação. Somente ficção.
Gostaria que meninas, ainda crianças, não
precisassem vender o próprio corpo, esquelético pela desnutrição, à beira das
rodovias que cortam o Brasil, para levar a comida para casa.
Gostaria que ninguém fosse escravo das drogas,
tornando prisioneiros de substâncias químicas ilícitas responsáveis pela
destruição de lares e famílias.
Gostaria de multiplicado o número de escolas e
reduzida a construção de presídios onde ninguém encontra recuperação, apenas
mais vontade de sair e prosseguir no mundo podre do crime.
Gostaria de ver a honestidade marcando forte
presença nos lábios de todos os políticos. Deixando em segundo plano a mentira
e crendo apenas na verdade, a força gigantesca das pessoas de bem.
Gostaria de enxergar as submoradias cedendo
espaço a habitações confortáveis, em bairros dotados de toda infraestrutura,
para que a população sem casa não vivesse espremida igual sardinha em lata.
Gostaria de visualizar a felicidade triunfando
nos relacionamentos matrimoniais, com homens e mulheres se amando, livres das
algemas do egoísmo, interesses vis e classe social.
Gostaria de andar pelas ruas das cidades sem
nenhum medo. Ciente de que a violência está sob controle, sem a necessidade de
virar refém da paranóia que tomou conta de nossas vidas.
Gostaria de olhar para o horizonte e não
sentir os olhos ardendo e irritado por causa da poluição que, na maioria dos
países, já encobriu parte das estrelas, ofuscando a beleza do nosso planeta.
Gostaria de constatar os trabalhadores, de
todas as classes profissionais, ganhando salários dignos, em jornadas
civilizada, em empresas que respeitam todos os direitos.
Gostaria de testemunhar menos hipocrisia nas
relações profissionais e pessoais. Prevalecendo a confiança e competência no
ser humano, sem a necessidade de se escorar em títulos universitários.
Gostaria de assistir nos telejornais os filhos
sepultando os próprios pais, após concluir a jornada nesta terra. Não o
contrário, como ocorre em diversas regiões do Brasil.
Gostaria de poder constatar a cura da maioria
das doenças, responsáveis pela morte de milhões todos os dias, de forma cruel, como
martiriza o câncer, terrível máquina de tortura.
Gostaria de contemplar nossas autoridades, da
menor a maior, livres das garras da corrupção. Trabalhando apenas em prol de
uma sociedade mais justa e fraterna sem nenhum tipo de interesse.
Gostaria que as pessoas não criassem tantas
religiões na corrida frenética para encontrar Deus. Tudo visando interesses
financeiros, deixando os grandes mandamentos em plano bem inferiores.
Gostaria de contemplar a verdade triunfando
sobre mentira. Visto que o falso é igual fumaça, durando pouco tempo. Pois onde
os fatos se escondem, o mal prevalece. Infelizmente!
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