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terça-feira, 7 de abril de 2015

Na juventude, sobra energia e falta malícia


Na juventude existe força para enfrentar qualquer balada, cansaço é palavra desconhecida



Luís Alberto Alves

  A juventude é a passagem de nossa vida mais inesquecível. Quanta energia sobra no organismo. É possível realizar diversas funções ao mesmo tempo, sem qualquer sombra de cansaço. Tanto pique que os pais ficam malucos. Afinal de contas é impossível acompanhar o ritmo dos filhos.

  Para eles o dia precisava ter 48 horas, tamanha a gana de realizar as tarefas mais malucas. Conseguem praticar esportes, ao mesmo tempo conseguem navegar na internet, assistir à televisão, rascunhar lições de casa e falar ao telefone pelo whatsapp. De noite, no final de semana, encontram energia para as famosas baladas.

 O mundo deles é repleto de aventuras. Encontram solução para tudo. Nada é difícil. Aliás, consideram os pais desanimados. Vivem plugados na tomada de 220 volts. Classificam o mundo “dos velhos” careta, sem aventura, pois recusam sair para os bailes, praticar esportes radicais ou mesmo andar de bicicleta pelo trânsito maluco das grandes cidades.

 É uma fase linda. Principalmente por causa dos grandes amores. Como é lindo se jogar de corpo e alma num relacionamento sem freio de mão puxado. Dar aquele lindo beijo na boca, no corredor de um shopping center, sem ligar para presença de ninguém. O importante é aproveitar o momento.

 Vinte anos mais tarde, na famosa faixa dos 40 anos, tudo muda. Existe a vontade de lutar, porém com os pés bem fincados ao chão. Sem qualquer tipo de aventura. Tudo é bem pensado. O passo não pode jamais ser maior do que a perna. Tanta precaução, às vezes, provoca irritação. Mas é válida.

 Após os 50 anos já é visível o desaparecimento do pique revolucionário da juventude. Nem a grande velocidade para alcançar a bola lançada na pelada com os amigos se repete. É a hora de jogar no meio campo, só distribuindo e atacando na hora boa. Por medo de traição da memória multiplicam-se anotações no celular ou mesmo blocos de papel.


 A perda da força física é compensada pelo crescimento da malícia. É possível farejar qualquer tramóia a qualquer distância. Os anos de batalha na vida ensinam a identificar as falsas conversas e os lobos em pele de cordeiro. O amor entre um casal continua existindo, principalmente no fortalecimento da amizade entre ambos. O fogo sexual perde a velocidade dos 20 anos, porém é recompensado pela qualidade. Bom seria ter a força da juventude e equilíbrio, tudo junto, na faixa dos 50 anos....

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