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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Novo Shopping vai complicar trânsito na Paulista



Novo shopping custou R$ 500 milhões e será inaugurado hoje (30)


Luís Alberto Alves

 A construção do Shopping Cidade São Paulo, inaugurado hoje (30) no cruzamento da Avenida Paulista com Rua Pamplona, Centro, é o elogio à ignorância e desrespeito ao trânsito. Investimento de R$ 500 milhões, trazendo no bojo o velho argumento de geração de mais empregos diretos, deixou de lado o impacto, principalmente no horário de pico, numa das mais importantes vias públicas da cidade, próxima a diversos hospitais.

 Por razoe$ de$conhecida$ a Prefeitura não exigiu o Estudo de Impacto de Vizinhança, pelo fato de ser obra de grande envergadura. O estacionamento caberá 1.557 veículos. Imagine final de ano ou mesmo datas festivas onde este tipo de estabelecimento registra grande acesso de consumidores. Em dias normais, no encerramento de expediente, o congestionamento é rotina na Paulista.

 Já entrou no calendário turístico os eventos alusivos ao Natal realizados nessa avenida, atraindo muitas pessoas e carros, dificultando o tráfego, refletindo inclusive na estação Paraíso do Metrô e Rua Vergueiro, pouco distante do início da Avenida Paulista.

 Nenhum consumidor entra num shopping igual robô. O entra e sai é comum. Resultado: fila de veículos na Rua São Carlos do Pinhal, paralela à Paulista. Ela atravessa a Alameda Campinas. Caso os carros comecem a se locomover lentamente, e isso vai acontecer, impactará na Alameda Campinas e Joaquim Eugênio de Lima, refletindo na Paulista. Daí para frente é o famoso efeito dominó: milhares de motoristas parados, mesmo diante de semáforos abertos.

 Para quem não mora na capital paulista, esse artigo pode parecer algo maluco. São Paulo, cidade com 12 milhões de habitantes, tem extensa frota de veículos. Suas ruas, maioria estreitas e cheias de buracos, são insuficientes para comportar os milhares de automóveis que circulam pelas vias públicas. Congestionamento é rotina para o paulistano. Para se entrar no trabalho às 8h da manhã, dependendo da região, é preciso sair de casa três horas antes.

 Por falta de praia, o lazer da população dessa cidade é visitar shoppings, principalmente nos finais de semana. Numa sacada comercial, vários desses estabelecimentos criaram praças de alimentação reunindo diversos restaurantes e lojas de fast food. Muitas pessoas vão a esses locais para almoçar ou jantar. No final de ano, as famosas compras atraem milhares de consumidores, pois encontram no mesmo local inúmeras lojas onde podem “queimar” o famoso dinheiro do 13° salário.


 Agora não adianta chorar o leite derramado. Para quem precisa utilizar a Paulista todos os dias, para ir e voltar ao trabalho, é preparar o ânimo, visto que o congestionamento crescerá na região. O poder público, infelizmente, faz vistas grossas para empreendimentos onde milhões são investidos. Quanto à população, que se acostume a ficar presa no trânsito muito tempo. 

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