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quinta-feira, 23 de abril de 2015

Geração adoradora do descartável





É geração que acredita que na vida sempre estaremos por cima

Luís Alberto Alves

 Dentro do Metrô de SP uma cena me chamou atenção: vários passageiros navegavam na internet enquanto sentado em outro banco, um idoso estava praticando o hábito que oxigena a mente: estava com livro nas mãos, lendo. Algo raro atualmente, porque a geração “plugada” deixou esse hobby de lado.

 Tudo gira em torno das redes sociais. Gosta do descartável. Não se aprofunda, nem procura entender quais motivos determinaram a atitude de uma autoridade ao vetar um projeto de lei ou mesmo por qual razão mandou o recado, de forma dura, através dos telejornais.

 Passado para os jovens deste século 21 é algo careta. Pedir para pensar em algo ocorrido no final da década de 1970 é considerado sacrilégio. Não prestam atenção aos telejornais ou mesmo blogs de notícia. Só vale a pena olhar besteiras, sem pé e cabeça.

 A vida para essa parcela da população se resume a ficar sentando horas diante do computador “conversando” com amigos virtuais, os quais, talvez, nunca tiveram nenhum contato físico. Quando enjoam, apertam a tecla del e os retiram do caminho.

 O descartável exerce grande fascínio para eles. As meninas, por exemplos, têm horror ao hábito de cozinhar. Preferem a horrorosa comida das lanchonetes de fast food, carregada de gordura saturada e sódio. A maioria, sequer, sabe fritar um ovo.

Compram roupas, usam poucas vezes, e logo é abandonada num canto do quarto ou mesmo sala. A bolsa, alvo de intenso desejo, não dura muito tempo. É aposentada rapidamente. Se comparado ao sexo, é a geração que perde a excitação velozmente. Tudo para eles é descartável.

 Em algumas festas de 15 anos, exigem dos pais o doce “bem vivido”. Falam que já estão velhos e precisam dessa lembrança da época em que eram “jovens”. Absurdo do absurdo. Por causa da forte dependência da internet perdem o contato com a realidade, pois no mundo virtual tudo muda em grande velocidade. Na vida real, o processo é lento, até para se aprender o valor da vida.


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