Construção de plataformas para extração de petróleo sofreu interrupção no Brasil |
Luís
Alberto Alves
Após o furacão “Lava Jato” o Brasil continuará
de pé? Digo o país onde tudo se faz na base do jeitinho, pagando propina para
obter vantagens? Em nossa nação, a corrupção é semelhante ao câncer espalhado
por todo o organismo. Na maioria das esferas governamentais é natural se pedir
algo em troca para fazer qualquer tipo de favor.
Com a bomba atômica do pagamento de propina
para garantir grandes obras, as empreiteiras, todas de porte gigantesco, foram
pegas de calça nas mãos. Nunca imaginaram na prisão dos seus executivos.
Pensaram que tudo iria terminar em pizza. Erraram de opinião.
Em São Paulo, o último trecho do Rodoanel, a
parte Norte, corre o risco de paralisação total, pois as empresas responsáveis
pelo serviço foram pegas na Operação Lava Jato. A Petrobras parou de pagar os
estaleiros que trabalhavam na construção de plataformas marítimas. Enfim, a
pólvora da moralidade cai rapidamente no fogo das licitações.
O processo chegou ao alvo. O volume de provas
é gigantesco. Nem mesmo os ricos e badalados escritórios de advocacia do Rio de
Janeiro e São Paulo conseguiram tirar da carceragem da Polícia Federal em
Curitiba (PR) os acusados, os corruptores.
Dois deles foram soltos, mas tiveram de
amargar a vergonha de andar com tornozeleiras eletrônicas. Os argumentos dos
seus advogados falharam e tiveram de concordar com a Justiça. Após tamanho
vendaval, o Brasil permanecerá de pé. Inicialmente desequilibrado, visto que
passou vários séculos habituado à febre da corrupção. O remédio da
desintoxicação está limpando o organismo e causa efeitos colaterais.
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