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segunda-feira, 30 de março de 2015

O preço da franqueza de Joaquim Levy




A falta de jogo de cintura de Levy mostra a fraqueza do governo Dilma Rousseff (PT)

Luís Alberto Alves

 Andar no mundo político é como entrar numa sala cheia de ovos e pisar em todos os eles sem quebrar nenhum. Ciente da grave crise econômica vivida pelo governo Dilma Rousseff (PT), o ministro Joaquim Levy tem feito comentários desagradáveis a respeito de como a atual gestão tem se comportando diante dos inúmeros abacaxis para descascar.

 A gota d água é quando ele disse, numa palestra a estudantes, que a presidente tem a vontade de acertar, mas infelizmente erra o alvo. Foi a senha para o fisiológico PMDB colocar o ministro da Fazenda,  na parede. Alguns parlamentares o acusam de falta de traquejo para falar no Congresso Nacional.

 Por falta de bons articulares, Levy faz o papel que não pertence a ele: negociar. Foi escolhido para essa pasta para retirar a nuvem escura existente sobre a economia do País. Ninguém pode classificá-lo de despreparado. Afinal de contas ele trabalhou nas principais e mais importantes instituições financeiras brasileiras.

 Infelizmente Dilma Rousseff ainda insiste em tratar o Congresso Nacional a ferro e fogo, sem qualquer jogo de cintura. O gênio duro, de se achar a única correta do mundo, atrapalha a tarefa simples, de chamar a liderança dos partidos e colocar tudo na mesa. Prefere o confronto. Sem grande apoio político, não resistirá muito tempo.

 Para complicar apunhalou pelas costas o movimento sindical, a quem pediu apoio quando estava prestes a perder o segundo turno para o tucano Aécio Neves. Ao enviar as Medidas Provisórias 664 e 665, Dilma cuspiu e jogou lixo no prato onde comeu. Recusou bater de frente com os especuladores. Pelo contrário, os ajudou elevando a taxa Selic.

 Agora procura pelo em ovo por causa da fala do ministro Levy. Infelizmente sua frase traduz um governo mais parecido com o cão esquecido na mudança. Quando encontrou o antigo dono, na nova casa, ficou perdido, sem qualquer ação. Ou o governo Dilma entra nos eixos, ou Levy retorna ao milionário mercado financeiro, onde sabe executar suas tarefas perfeitamente, mesmo usando sua franqueza.



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