Postagem em destaque

Governo cria malha aérea emergencial para atender o Rio Grande do Sul

EBC   Radiografia da Notícia *  Canoas receberá 5 voos diários. Aeroportos regionais ampliam oferta *  Antes do fechamento, o aeroporto da c...

sexta-feira, 20 de março de 2015

Padrão Globo de novelas despenca




Odorico Paraguaçu, célebre personagem da novela O Bem Amado, escrita por Dias Gomes

Luís Alberto Alves

 Hoje é difícil falar em padrão de qualidade das novelas exibidas pela Rede Globo. Após a morte, em 1983, da mestra neste assunto, Janete Clair, ao lado do seu marido, Dias Gomes; o mau gosto tomou conta neste tipo de trama. 

Nos dois horários, das 19h e das 21h30, não faltam personagens drogados, pervertidos, filhos problemáticos, maridos e mulheres adúlteros, e todo tipo que fazem parte da escória da nossa sociedade.

 Virou moda, nas novelas da Globo, atrizes fazendo papel de garota de programa. Os enredos são pobres, assim como o diálogo. Em nada lembram os folhetins escritos por Janete Clair, como Selva de Pedra (1972), Semideus (1975), O Astro (1978) ou as obras-primas de Dias Gomes, como O Bem Amado (1973) e Bandeira Dois (1972).

 A desculpa dos novos autores para a recente má qualidade das tramas exibidas pela Globo, é que a sociedade mudou. Elas refletem o que acontece dentro da casa dos brasileiros. Não é verdade. Pegando por esse ângulo, a nossa família é um grupo de malucos disputando espaço num apartamento ou casa?

 É claro que agora temos o flagelo das drogas, principalmente nas portas das escolas e dentro do próprio trabalho, mas levar casos isolados como verdade suprema e afirmar que essa é a realidade atual do país, é zombar da inteligência alheia.

 Novelas e filmes são produtos de entretenimento. Quando alguém tem opção de sentar-se no sofá da sala para assistir algo, a intenção é se distrair. Não aumentar o estresse emocional com mais problemas. Como disse o carnavalesco Joãosinho Trinta, “quem gosta de miséria é intelectual, pobre gosta de luxo”. Parodiando ele, são poucas as pessoas que adoram ver desgraças na tela do seu televisor. Desejam algo romântico.

 Pegando pelo lado da perversão, sem qualquer ranço de moralismo, nesta ótica todo mundo é gay ou lésbica no Brasil. Essa é a visão passada pela maioria das novelas da Globo. Aliás, falta pouco para que sejam inseridas crianças homossexuais nessas tramas. Estão andando muito depressa com o andor, se esquecendo que o santo é de barro e ele pode cair.

A liberdade de expressão é benéfica, mas quando utilizada só para produção de porcaria, ela perde o sentido. A arte fica em segundo plano. São detalhes deste tipo que explicam a queda na audiência desta emissora. Com a televisão a cabo e as redes sociais, ficou mais atrativo optar por outro tipo de programação, saudável em todos os sentidos.


 Os nossos olhos não podem servir de vaso sanitário para frustração e incompetência de autores que se esquecem de enxergar o todo, para concentrar atenção na minoria, como se aquela verdade fosse o importante. É igual assembléia estudantil ou sindical, quando a aprovação da maioria é que prevalece, deixando em segundo plano os derrotados. Infelizmente agora acontece o contrário: a minoria tenta nos empurrar seus falsos conceitos de vida para o grande número de brasileiros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário