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sábado, 31 de janeiro de 2015

Jovens foram dizimados pela Ditadura Militar de 1964





Luís Alberto Alves

 O ano de 1968 foi terrível no Brasil. Auge da Ditadura Militar que tomou o poder do presidente eleito diretamente, João Goulart (PTB) em 1° de abril de 1964. Não demorou em começar as perseguições contra opositores. A ordem do Regime era eliminar qualquer tipo de pensamento contrário ao novo governo imposto pela força das baionetas.

 Infelizmente foram os jovens que pagaram o pato. Da maioria morta nos porões dos quartéis e delegacias, 80% tinham menos de 25 anos. Motivo? A juventude da década de 1960 era revolucionária. Não tinha medo de ir às ruas. Alguns até pegaram em armas para tentar vencer a truculência dos que mandavam no Brasil.

 Em 1968, as passeatas estudantis levavam mais de 60 mil pessoas para dizer não ao arbítrio imposto pelos sucessores do ditador Castelo Branco, que entregou o bastão ao então presidente Costa e Silva, eufemismo de governo onde não existia a palavra democracia.

  Os jovens diferem dos adultos, de quem já atravessou a faixa dos 40 anos. Época em que a utopia deixa de freqüentar nossa mente. Quando o conformismo começa se instalar lentamente em nossos corações. Tirar o pé do acelerador, por que a história começa se repetir.

 Nos anos de chumbo da Ditadura Militar brasileira, os inconformados com os rumos do País tinham entre 15 e 25 anos. Não aceitavam perder a liberdade. Os velhos, acima dos 50 anos, preferiram cair no canto de sereia dos simpatizantes da ausência de democracia. Logo sentiram o peso do arbítrio com fechamento do Congresso Nacional, cassações de mandatos e exílio para outros.

 Imagino se os jovens mortos pela tortura, muitos como Alexandre Vannucchi, estudante da USP, trucidado em 1973 no famigerado DOI/Codi, não tivessem sido eliminados pelos trogloditas do triste Regime Militar. Talvez teríamos um Brasil mais justo e avançado política e economicamente. Infelizmente perdemos a nata de nossa classe estudantil e militantes sindicais.


 Esse foi o legado do golpe de 1964: acabar ou tentar reduzir com a capacidade de sonhar do brasileiro. Hoje temos pouca contestação aos desmandos que ocorrem em várias áreas da nossa sociedade. Poucos ousam criticar a corrupção existente nas esferas municipal, estadual e federal. O conformismo entrou para valer numa juventude, pouco preocupada com os rumos deste País. Oposto de 1968, quando 100 mil estudantes universitários, maioria entre 16 e 25, superlotaram as ruas do Rio de Janeiro. 

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