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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Meio milhão tira zero na prova de redação do Enem



A triste categoria dos candidatos que tiraram zero na prova de redação do Enem

Luís Alberto Alves

 É preocupante 500 mil pessoas (maioria adolescentes) tirarem nota zero na prova de redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Não conseguiram entender, explicar e desenvolver o tema proposto nesta prova, que versava sobre a publicidade infantil. A culpa é de quem? Dos pais, do governo ou da nossa sociedade hipócrita, cada vez mais mergulhada no egocentrismo, valorizando o ter no lugar do saber?

 Infelizmente esses candidatos falharam no ato simples de contar uma história sobre algo tão contundente na atualidade. Na busca por mais lucros, o mercado publicitário ataca profundamente em todos os cantos. Em lojas de produtos para bebês, já existem até mastigadores no formato de tablets e celulares, induzindo aquele tenro consumidor para o segmento de eletro eletrônico.

 Hoje muitos adolescentes são incapazes de descrever seu próprio cotidiano. Encontram dificuldades para resumir numa pequena redação o contexto em que se desenvolveu determinado filme. Sabem mexer e conviver com a sofisticada tecnologia nas redes sociais, porém incapazes de raciocinar profundamente.

 É igual mulher linda, mas quando abre a boca para falar, só diz besteira. São alienados. Vivem presos num canto, repleto de diálogos curtos, sem qualquer intensidade. Desconhecem fatos históricos importantes. Ao verificar suas páginas nas redes sociais, é deprimente a pobreza de assuntos. Comentam futilidades, valorizam selfies sobre atos sem nenhuma importância, como uma foto diante do vaso sanitário.

 Preocupante é que esses 500 mil adolescentes logo serão adultos. Qual será o comportamento deles no mercado de trabalho? Empresário algum gasta dinheiro com funcionário sem qualquer noção. Paga salário, até pouco, porém visa resultado, em curto prazo. Afinal de contas ali não é obra de caridade. Imagine uma recepcionista ou trabalhador de chão de fábrica que passa a maior parte do tempo navegando na internet, deixando o serviço em segundo plano. O problema é sério.


 Reconheço que o governo não tem interesse numa população culta, preocupada com a melhoria da sociedade. Quanto mais idiotas existirem, melhor será o controle, impedindo a crítica contra os corruptos existentes em nosso País. Quem não consegue descrever determinada situação, mesmo fútil, vai jogar no time da massa de manobra, batendo palmas para os outros e mergulhado na miséria da falta de sabedoria. 

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