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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Alguém poderia me dizer se é possível tomar dinheiro no lugar de água?


Especulação financeira "matou" diversas fontes de água potável em São Paulo

Luís Alberto Alves

 Agora não é possível esconder mais: São Paulo terá rodízio de água, com cinco dias sem e dois com água. O governador tucano Geraldo Alckmin tentou ocultar o óbvio: a grande crise hídrica enfrentada pelos paulistas. Por motivos políticos a maioria da mídia procurou amenizar o impacto desta seca, deixando, o quanto pode, intacta a imagem de Alckmin, principalmente a RG (Rede Globo), cujos maiores problemas, na visão jornalística dela, da falta d´água é culpa da gestão petista de Dilma Rousseff, como se a Sabesp (Cia. de Saneamento Básico do Estado de SP).

 O problema é como resolver essa bomba de nitroglicerina pura. A cidade de São Paulo tem 12 milhões de habitantes, só na Zona Leste são quase 5 milhões de pessoas. Qual estratégia a Sabesp adotará para não cometer injustiças? E a elite financeira, residente nas mansões, dotadas de piscinas que consomem esse líquido precioso? Será estipulada uma quantidade de água para cada consumidor ou os ricos ficarão por cima desta carne seca?

 E os setores industriais, grandes consumidores de água, como a indústria da alimentação, qual mecanismo de controle para que não haja abusos o governo colocará em prática. Afinal é injusto, por exemplo, o segmento de bebidas ficar isento do consumo excessivo. E os frigoríficos, outro setor onde é monstruoso o gasto de água, qual será a cota de sacrifício.


 Nesta crise relembro as palavras de gozação ditas contra ambientalistas dez anos atrás, quando se falava a respeito da preservação das fontes hídricas. Empresários do setor, interessados apenas em deixar a conta corrente mais gorda, enfatizavam que esse tipo de conversa é de gente que não tinham nada para fazer. E hoje? Será que eles fariam dinheiro sair pelas torneiras como líquido. Claro, papel nunca vai virar líquido. Salvem-se quem puder nesta guerra hídrica...

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