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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Globo continua tentando manipular a história...




Luís Alberto Alves

 Não possível negar o quarto lugar como melhor emissora de televisão do mundo. Porém em termo de manipulação a Rede Globo nada mudou em 50 anos, quando o empresário e jornalista Roberto Marinho ganhou a concessão do canal e puxando o saco do regime militar subiu velozmente.  Aliás, quem não se lembra do “famoso” Amaral Neto, o Repórter,na década de 1970, cujo programa elogiava todas as obras bancadas pela Ditadura Militar?

 Nem mesmo após a abertura política, com a promulgação da anistia política, ela deixou de ser governista. Todo tipo de manifestação popular, às vezes, não ganhava espaço no Jornal Nacional. Já as baboseiras do ditador de plantão, general João Batista Figueiredo, virava matéria até no programa Fantástico.

 Pelas lentes da Globo o mundo foi sempre cor de rosa. Em suas novelas , pobre come carne todo dia, só existem brancos e loiras no Brasil, negro é favelado e faxineiro, família é sinônimo de conflito constante e todo tipo de absurdo. O auge da canalhice ocorreu no segundo turno das eleições presidenciais de 1989, quando Lula enfrentou Collor de Mello, apoiado pela elite e menino de ouro da Globo. O debate entre ambos acabou editado na edição do Jornal Nacional do dia seguinte para influenciar no resultado eleitoral.

 O ano de 2013 foi marcado por várias manifestações nas ruas, muitas delas violentas com depredação de lojas e automóveis de luxo vendidos em concessionárias. No princípio, a Globo tentou esconder o óbvio. Nos seus telejornais aparecia apenas flash da “muvuca” que tomava conta de várias cidades brasileiras, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro.

 O grande responsável pela estocada na política jornalística da Globo foram o youtube e as redes sociais. O que a Vênus platinada tentava esconder de parte da população esclarecida, os vídeos postados no youtube mostravam a realidade. Alguns alcançaram mais de 1 milhão de acessos. O Jornal Nacional começou perder audiência. Nem tudo que ele exibe repercute tanto no Brasil. Deixou de ser o principal noticiário do País.

 Mas como lobo perde pelo, sem nunca trocar as garras, no final da semana passada ela transformou o filme Tim Maia numa minissérie. Que horror! Colheu vários depoimentos de artistas que conviveram com o Síndico, inclusive do amigo de adolescência e desafeto Roberto Carlos. Na edição, cortou trechos onde o rei humilhava Tim Maia lhe dando uma bota, cheia de dinheiro amassado, sem falar nada com ele.

 O auge da canalhice foi exibir a fala de Roberto Carlos, dizendo que sempre o ajudou, eram amigos. Na época em que Tim veio deportado dos Estados Unidos e estava na miséria, pediu que sua esposa Nice o ajudasse a gravar um disco pela CBS, onde era contratado. Mentira. A todo custo a Globo tentou proteger seu garoto propaganda nos programas de final de ano, passando a imagem de bom menino de Roberto Carlos.

 Claro que o fim trágico de Tim Maia foi resultado de uma vida regada a drogas, bebidas e falta de seriedade no trabalho. Quando estava dopado, esquecia de comparecer a shows, não pagava cachês de músicos e brigava até com o vento. O filme retrata isso. Afinal de contas, em pleno século 21, auge da tecnologia, é impossível qualquer artista irresponsável tentar esconder o sol com peneira.


 Mas manipular a história, mostrando um Roberto Carlos carneirinho, preocupado com amigo de adolescência, que lhe ensinou inclusive as primeiras lições para tocar Rock and Roll, é gozar da inteligência alheia. Roberto não foi nem ao velório e enterro de Tim Maia, falecido em 1998. Quando procurado, na época, para dar qualquer esclarecimento sobre as desavenças e sua opinião sobre a morte do amigo, de tantos anos, optou pelo silêncio. Infelizmente a Globo pensa que todos são bobos. Aliás, o mal do esperto é imaginar que a maioria é burra.....

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