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terça-feira, 8 de abril de 2014

Narcisismo adolescente do século 21



O adolescente do século 21 é extremamente egocêntrico

Luís Alberto Alves

“O filho como funciona essa ferramenta aqui no celular”, pergunta o pai para o garoto adolescente, esperando ouvir algo agradável.

“Puxa! Vocês não sabem nem usar um celular. O geração burra! É só apertar aqui, que é possível baixar as fotos! Credo”, responde o menino, de pouco mais de 12 anos, batendo a porta do quarto, para continuar diante da tela do notebook em contato com outros colegas adicionados em sua rede social.

 “Mãe eu quero aquele último modelo de Ipad que foi lançado semana passada nos Estados Unidos”, pede uma garota, de 15 anos, na crista da rebeldia adolescente.
 “Filha, o dinheiro está curto. Tanto de minha parte quanto de seu pai. Você se esqueceu da fortuna gasta na festa de 15 anos, dois meses atrás, por tua exigência?”

 “Vocês fizeram a festa por que quiseram. Por mim não participariam daquela caretice, cheia de gente velha. Um horror”! Respondeu a menina, com rosto vermelho e prestes a explodir de raiva.
“Engraçado, os velhos foram convidados por você. Todas as colegas de sua escola e alguns da vizinhança. O mais idoso ali, não passava dos 19 anos”, ironizou a mãe.

“Puxa, você e o pai são caretas demais. Vivem curtindo essa babaquice de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Jorge Benjor. Tudo museu. Para mim estão mortos, só falta enterrar”, retrucou. “Além do mais, a festa já é passado. Vejo agora o futuro. E nele preciso desse novo modelo de Ipad. Do contrário, o que meus colegas de colégios vão dizer de mim”?

“Engraçado. Você só sabe pedir, mas não ajuda em nada. Não lava nem a meia e a calcinha que usa. Quando toma um copo de suco, a preguiça não permite que ele seja lavado, onde está a solidariedade menina”, questionou a mãe.

 “Esse negócio de lavar roupa e louça é coisa de velho, dos anos 90. Agora estamos no século 21, futuro. Não quero estragar minhas unhas com detergente ou sabão em pó. Aliás, eu vou me casar com alguém muito rico, para nunca ser obrigada a lavar uma xícara”, disparou, correndo em direção ao quarto para fugir às perguntas da mãe.

 O adolescente de hoje é diferente das décadas de 1960, 1970 e 1980. São, segundo alguns psicólogos, extremamente egocêntricos. Deixam em segundo plano o relacionamento solidário. Tratam os pais como se fossem empregados. Obrigados, em algumas vezes, a comprar presentes caríssimos para poucos dias depois, ficar jogado de lado. Confundem liberdade com libertinagem. Acreditam que o mundo precisa ficar de joelhos dobrado diante deles.

 As meninas, ainda na faixa de 12 anos, passam a se comportar como mulheres adultas, carregando na maquiagem e roupas sensuais. Muitas delas, principalmente na periferia das grandes cidades brasileiras, com essa idade, já mantiveram várias relações sexuais, grande parte sem preservativos. Quando engravidam, deixam o bebê com os pais ou trancados em casas, para continuar curtindo os bailes realizados nas ruas.

 Os meninos, impossibilitados de trabalhar antes dos 16 anos, passam a infernizar os pais para comprar roupas e calçados de grife, geralmente caros. Quando não conseguem entram como entregadores de drogas, os conhecidos vapores, do crime organizado, ganhando em média R$ 600 semanais.

 Para o adolescente desta época atual, a imagem é o mais importante. Mesmo deixando a saúde em segundo plano. É moda entre meninos e meninas usar aparelhos para correção dos dentes. O problema é que não consultam dentistas, colam o dispositivo usando produtos da construção civil e fios de vassoura piaçava para segurar as borrachas. Mesmo no frio, as garotas utilizam bermudas ou shorts curtos e camisetas top, deixando a barriga de fora. O risco de desenvolver pneumonia é ignorado.

 No absurdo do narcisismo, eles se consideram velhos aos 18 anos. Procuram a todo custo evitar a chegada da maioridade, e quando ela aparece, continuam agindo como se fossem crianças, fugindo da responsabilidade com a família e até mesmo no emprego, quando entram no mercado de trabalho. Pretende a todo custo que o mundo continue girando ao redor deles, deixando de lado o sacrifício que todo pai e mãe faz para manter de pé um lar.


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