Postagem em destaque

Governo cria malha aérea emergencial para atender o Rio Grande do Sul

EBC   Radiografia da Notícia *  Canoas receberá 5 voos diários. Aeroportos regionais ampliam oferta *  Antes do fechamento, o aeroporto da c...

sexta-feira, 4 de abril de 2014

A morte de Martin Luther King 46 anos depois



Do sonho de Martin Luther King em 1964, ainda há muito para se tornar realidade

Luís Alberto Alves

 Hoje (4) completa 46 anos da morte do pacifista Martin Luther King. Muito tempo se passou e a situação do negro nos Estados Unidos pouco mudou. A pobreza ainda atinge em cheio a população afro norte-americana, grande maioria nos guetos existentes nas metrópoles. A diferença para com o Brasil é que no país administrado atualmente por Barack Obama é que a plástica enverniza a miséria.

 Com 2,3 milhões de presos, o percentual maior é de negros. Eles também são os que ocupam em grande maioria, ao lado dos imigrantes, os trabalhos de baixa remuneração. Quando vão engrossar as fileiras de militares nas guerras disputadas pelos Estados Unidos ao redor do mundo, uma minoria está nos postos de comando. Quem vira bucha de canhão no campo de batalha são os soldados negros.

 O racismo continua forte no Sul dos Estados Unidos, como na época das famosas marchas de Martin Luther King, principalmente no Alabama. Tanto que o feriado nacional decretado pelo governo federal de comemorar na terceira segunda-feira de janeiro O Dia de Martin Luther King foi desobedecido várias vezes em inúmeras regiões do país. Os governantes racistas abertamente se recusavam deixar de trabalhar nesse dia, num confronto direto com o que foi determinado em Washington.

 Vale destacar que a consciência política do negro norte-americano é maior do que a existente no brasileiro, ainda preso no tripé samba, carnaval e futebol. Mesmo com várias barreiras, diversas cidades dos Estados Unidos têm prefeitos negros, assim como governadores. O Congresso Nacional tem deputados e senadores afros. Isto porque a população negra naquele país é estimada em 12% contra 50% no Brasil.

 O grande legado de Martin Luther King foi o despertar pelas mudanças, inclusive políticas, exigindo que o direito ao voto fosse estendido aos negros, que até 1964 eram proibidos de votar e se candidatar a qualquer cargo eletivo. Lutou pela igualdade, pois todos os homens são iguais.

 Mas passados 46 anos do assassinato dele, a população afro norte-americana precisa continuar batalhando para sair do horrível posto de liderar os índices de criminalidade, engrossando a quantidade de detentos. O negro nos Estados Unidos, assim como no Brasil, ainda é alvo preferido da polícia, principalmente nas famosas blitz. A mulher afro também está presente, em grande número, na prostituição e ganhando baixos salários nas indústrias.

 Ou seja, o grande sonho de Martin Luther, que foi enfatizado várias vezes durante a Marcha sobre Washington em 1963, existe muito para virar realidade. Há bastante pesadelo tirando o sono do negro norte-americano, mesmo com o presidente Barack Obama no poder. A cultura segregacionista ainda está impregnada na mente das pessoas que moram em várias regiões daquele país. Cabe ao tempo apagar essa triste realidade e provar, de uma vez por todas, que todos somos iguais, principalmente quando nosso corpo é depositado numa sepultura.


Nenhum comentário:

Postar um comentário