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terça-feira, 29 de abril de 2014

Não basta só comer banana, mas tomar atitudes


O ato de comer banana, deve vir acompanhado de atitudes sérias
Luís Alberto Alves

 O ato racista contra o lateral direito do Barcelona, Daniel Alves, provocou nas redes sociais imensa cadeia de apoio, com diversas pessoas comendo banana para protestar a discordância em relação ao absurdo contra o jogador de futebol. Daniel ao ver a fruta arremessada contra ele no campo, a pegou e degustou, em vez de xingar o antitorcedor.

 Mas no Brasil, a população precisa comer banana contra a classe política que usa o Congresso Nacional como balcão para negociata, para encher cada vez mais o bolso de dinheiro público, nas falcatruas presentes em licitações de obras que não interessam a ninguém; só a eles e empreiteiros. Afinal de contas, só bobo para crer que alguém gasta mais de R$ 500 mil numa campanha para deputado federal e ganhar depois R$ 26 mil mensais para defender os anseios da população.

 É necessário, urgentemente, as pessoas comerem banana para melhorar e restaurar o ensino público, que no passado tinha qualidade. As crianças entravam na escola e saiam alfabetizadas. Oposto do ocorrido hoje, quando terminam o Ensino Fundamental, e após nove anos mal sabem ler direito ou interpretar um texto corretamente. Alguns desconhecem as quatro operações da matemática (adição, subtração, divisão e multiplicação).

 Precisamos comer banana para acabar com o atual sistema carcerário, que transforma ladrões de galinha em quadrilheiros a serviço do crime organizado. Presídios mais parecidos com depósitos de seres humanos. Ali, com a concordância do governo, não existe atividade para preencher o ócio de detentos que passam o dia arquitetando ações criminosas para os comparsas livres aqui do lado de fora.
 Com urgência a população deve comer bananas para protestar contra o abandono dos hospitais públicos. Verdadeira casa de terror, com pacientes amontoados pelos corredores, goteiras nas salas de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), falta de medicamentos e instrumentos de trabalho aos profissionais de saúde, que ali trabalham ganhando salários de miséria, sem qualquer segurança.

                                                       Inimiga do Estado
 Da nossa boca necessitamos comer banana contra a trágica política de Segurança Pública brasileira, que trata a população como inimiga do Estado. Uma polícia com visão distorcida de quem realmente seja o grande mal da nossa sociedade. Profissionais de segurança despreparados, treinados para agredir e até matar pais de família e jovens indefesos na imensa periferia de várias cidades do País.

 É importante comermos banana contra a horrível e triste prostituição infantil. Principalmente nas estradas que cortam essa nação, com meninas de sete anos oferecendo sexo em troca de moedas ou pedaço de doce. Crianças e adolescentes, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, transformadas em objeto de prazer nas mãos de políticos, empresários e outras inúmeras pessoas de influências, em lugares onde o Judiciário é instituição desconhecida ou está grudado aos poderosos que mandam na administração pública, deixando promotores e demais autoridades sérias de mãos atadas.

 É mais do que essencial comer banana contra os falsos profetas que transformaram o lindo Evangelho pregado e sugerido por Jesus Cristo, em máquina de arrancar dinheiro, de pessoas aflitas e atormentadas por doenças, vício de drogas e desestruturação familiar. Homens que usam a Palavra de Deus visando apenas encher os bolsos de dinheiro, sem qualquer preocupação com a salvação de almas, só em enriquecer e depois deixá-las ao relento, quando não existir mais nada para delas tirar.

 Devemos encher nosso estômago de banana para mostrar a indignação em relação ao flagelo das drogas. Substâncias malditas responsáveis pela destruição de inúmeras famílias no Brasil e mundo. Entorpecentes que fazem filhos agredirem pais, filhas se prostituírem em busca de dinheiro para comprar o alívio de algo usado para acelerar o relógio da morte do ser humano. Drogas que a cada dia avança nas escolas, empresas e até mesmo dentro da polícia, que deveria ser blindada contra este tipo de inimigo.

 Por fim, que ato de comer banana seja acompanhado de atitudes. Não fique apenas em bonito jogos de palavras, semelhantes ações de marketing, num autêntico espetáculo para a platéia bater palma ou achar graça, de algo que é triste. É necessário que haja consciência, de que o mundo avança para o caos. Sem a intervenção de milhões de pessoas do bem, o mal continuará a trajetória de aniquilar a população, na busca do predomínio de corações e mentes interessados apenas com sua triste rotina de achar que o problema dos outros não é de sua alçada. Ninguém é ilha, somos e seremos sempre uma imensa família chamada MUNDO.


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