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sábado, 17 de maio de 2014

Nós nem sempre somos honestos


Poucos motoristas obedecem ao semáforo vermelho durante a noite

Luís Alberto Alves

 A honestidade é algo pesado e ao mesmo tempo leve.  Infelizmente nós cobramos muito dos outros, principalmente dos políticos, para que sejam cumpridores da Lei. É o dedo apontado para o outro e três deles voltados para o nosso rosto. Em época de eleição vira rotina a troca de acusações entre candidatos, quando situação e oposição se digladiam como paladinos da justiça.

 Mas o cidadão comum, na rotina diária, nem sempre é honesto. Quantas pessoas, ao passar pela fila do caixa do supermercado, e ao receber troco a mais, avisam o funcionário de que ele errou na conta e repassou dinheiro acima do correto? E no retorno de viagem ao Exterior, com a mala cheia de bugiganga, declara valor errado para conseguir passar pela alfândega com sinônimo de esperto?

 E o cliente que procura o advogado, preocupado de ser alcançado pelas mãos do Judiciário e inventa várias mentiras visando escapar do xadrez? Se o cliente for milionário ou superstar, a honestidade vai ao ralo. Encontram desculpas absurdas em casos que a mais desinformada das pessoas vai detectar que a justificativa não é convincente.

 Amparado no escudo de preservação da vida, vários motoristas não respeitam semáforos vermelhos durante a noite. Mesmo que estejam em locais onde é pequeno número de assaltos. A maioria dos condutores de veículos já fez isso.

 A declaração de Imposto de Renda é outra prova onde a honestidade é jogada para escanteio. Diversos brasileiros procuram contadores com objetivo de encontrar mecanismos para reduzir a mordida do Leão nas finanças. Neste caso, a mentira ganha status de verdade. Quando pegos na malha fina, ainda tentam justificar o erro, alegando que o governo é rico e tudo está correto. Esquecem que do outro lado do balcão existem contadores, experts em detectar qualquer tipo de fraude.

 Nas relações amorosas são poucos os homens e mulheres honestas. As puladas de cerca acabam virando sinônimo de esperteza. Em viagens de negócios, alguns executivos recarregam as baterias nos famosos night clubs ou mesmo em bordeis. Tudo sem nenhum remorso. Outros cobram das filhas visual de santidade, mas nos prostíbulos gostam de fazer sexo com adolescentes. Contra senso?

 As redes sociais estão cheias de pessoas vestidas de capa de santo. Adoram escrever ou copiar frases moralistas, porém o álbum de fotos desmente o conteúdo publicado. O maior fiscal do ser humano é a própria consciência. Poucos conseguem ser honestos com eles mesmos. Ter consciência de que não vale a pena passar a perna no próximo. Fazer o jogo do bem, deixando no plano inferior a mentira e o mau caratismo. Infelizmente nossa sociedade está contaminada com o câncer da mentira.




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