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segunda-feira, 5 de maio de 2014

Brasil em véspera de Copa do Mundo não controla violência de torcida




O vaso sanitário atingiu a cabeça do torcedor Paulo da Silva após partida no estádio do Santa Cruz, no Recife (PE)

Luís Alberto Alves

 É triste a situação do país considerado “a pátria do futebol” que não consegue controlar a violência de sua própria torcida. Hoje, em qualquer cidade, onde ocorram jogos é raro não termos caso de violência, de torcedores se agredindo mutuamente. Na capital paulista não é recomendável ir ao estádio vestindo a camisa do time de coração. O risco de terminar deitado numa maca de pronto-socorro ou pedra fria do necrotério é grande.

 Na sexta­ feira (2) passada, no estádio Arruda, do Santa Cruz, em Recife, Pernambuco, após o final da partida entre o time da casa e o Paraná, uma briga entre torcedores resultou na morte de Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26 anos. Ele foi atingido por um vaso sanitário arremessado da arquibancada. Como é rotina, não importa a equipe, após o término do jogo, aconteceu briga generalizada entre torcedores do Paraná e Santa Cruz.

 Os confrontos viraram rotina sem que as autoridades tomem qualquer tipo de providência. Para piorar, parte da diretoria dos times de futebol apóia financeiramente os bandidos disfarçados de simpatizantes do clube, responsáveis pelas badernas, resultando em feridos e mortos.

 O vírus desta intolerância está em todas as organizadas, de Norte a Sul do Brasil. Poucos clubes escapam da bestialidade do bando de alucinados, interessados apenas no prazer mórbido de agredir e tirar a vida do torcedor adversário. Em São Paulo, partidas entre Corinthians e Palmeiras, ou entre São Paulo e Santos, ou Palmeiras e São Paulo e Corinthians e Santos são consideradas de alto risco.

 Às vezes, os grupos de bandidos uniformizados marcam encontros pela internet para brigar. Armados de barras de ferro, paus, correntes, facas ou arma de fogo, entram êxtase quando encurralam alguém simpatizante da equipe adversária, o agredindo até deixar desfalecido ou morto no chão.

 Não contentes depredam lojas, ônibus e trens do Metrô. Poucos anos atrás membros de torcida uniformizada do São Paulo quebraram vidraças de diversas lojas da Avenida Paulista. As estações do Metrô não escaparam da fúria da corja de desequilibrados mentais.

 Infelizmente nunca o governo estadual ou federal toma qualquer tipo de atitude contra criminosos escondidos embaixo da camisa de times de futebol. Eles espantam os verdadeiros torcedores dos estádios. Das pessoas que gostam de assistir ao espetáculo de uma bela partida entre 22 jogadores, onde o resultado vai premiar quem melhor aproveitou as oportunidades. Simpatizantes conscientes, de que a vitória ou derrota não é motivo para qualquer tipo de apelo à violência. São civilizados e nas suas veias correm sangue da boa convivência, onde o adversário é apenas um adversário, não inimigo, como vêem os bandidos infiltrados nas torcidas uniformizadas.



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