Luís
Alberto Alves
Conversando há poucos dias com uma jovem
percebi o quanto essa geração se tornou dependente do “pai” Google. Perguntei a
ela se conhecia as ruas e avenidas de São Paulo. Respondeu-me que sem o GPS
estaria perdida. Só consegue acessar os endereços por meio dessa ferramenta.
Também notei que em qualquer assunto recorre ao Google. Não é errado usar esse
gigantesco banco de dados, porém depender apenas dela para obter informações é
perigoso.
Hoje a geração dos nascidos na década de 1960 é
ridicularizada. São tratados como zero à esquerda, por causa da falta de manejo
ou dificuldade em conviver com a tecnologia atual. Porém essas pessoas, da qual
faço parte, procurou conhecimento em livros e outras fontes de pesquisa.
Guardou tudo na mente. São capazes de se sair bem numa entrevista, citando
apenas o quanto sabe de cultura geral.
Bons livros e boas revistas merecem um bom
lugar em qualquer casa. É perigoso quando milhões ou porque não bilhões de
pessoas passam a depender apenas de algo virtual. Igual pessoa que só faz
cálculo em máquina, não tem jeito para pegar a caneta ou lápis e chegar ao
resultado desejado. Esse é o caminho traçado pela atual geração. Elogia em
demasia a tecnologia e despreza bons livros. Nem na internet procuram ler, por
exemplo, obras de Shekeaspere.
É preciso compreender que em termos de
conhecimento não podemos cair no radicalismo. Recusar ler um livro por causa do
grande número de páginas eu classifico de burrice. Nem sempre são verídicos os
dados que encontramos no Google. Ali tem joio e trigo. Quando temos bagagem
intelectual conseguimos detectar mentiras num mar de verdades. Basta não ser
geração dependente do Google.
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