Postagem em destaque

A Ineficiência do Gasto Público

    Pixabay Radiografia da Notícia *  Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado *  Logicamente num regi...

terça-feira, 4 de março de 2014

Fantasia de palhaço é perfeita ao brasileiro



O brasileiro é tratado como palhaço há vários séculos

Luís Alberto Alves

 O Carnaval acaba nesta Quarta-Feira de Cinzas. Desde o final de fevereiro quando começou a festança em diversas regiões do Brasil, várias fantasias vestiram os foliões. Mas a que cabe no corpo de qualquer pessoa nascida neste país é a de palhaço.

 Numa nação com aumento de bilionários, a miséria cresce a níveis assustadores e eleva cada vez mais a distância entre os mais ricos e os miseráveis. O salário pago para profissionais como médicos, policiais e professores é de entristecer ou fazer sorrir igual ao palhaço.

 O Congresso Nacional é outro local onde os políticos tratam a população como se estivessem num circo. Ficam preocupados apenas em garantir mordomias deixando os problemas do País em segundo plano. A grande maioria age como se estivesse num outra sintonia. Não sente vergonha de ganhar altos salários e trabalhar de segunda a quinta-feira, 90 dias de férias e aposentadoria integral.

                                                    Profissionais capacitados
A saúde pública é trágica. Faltam leitos, investimentos e profissionais capacitados. Quando alguém procura socorro num hospital é tratado como palhaço. Parece que o choro de dor do paciente é confundido com sorriso deste artista circense expert em fazer as pessoas caírem na gargalhada.

 A justiça brasileira, que nunca pune poderosos e ricos, toma decisões que não é preciso ser palhaço para achar graça. Há certos julgamentos dignos de serem feitos num picadeiro, pois o festival de recursos impetrados pelos advogados de defesa atrasa o andamento do processo e o culpado fica livre. Caso seja pobre, o papel inverte, com o peso do Judiciário caindo sobre a cabeça do infeliz, azarado por não ter dinheiro e amigos influentes.

 O caos do ensino público, onde o aluno entra analfabeto e sai semianalfabeto, merece as divertidas gargalhadas do palhaço. O professor, com baixos salários, finge que ensina e o estudante simula ter obtido qualquer conhecimento.  No geral, o brasileiro é tratado como palhaço pelas autoridades há muitos séculos.

                                                   Carne na vitrine
 Um dos países com maior número de população negra, e na maioria dos postos de comandos das Forças Armadas e de grandes papeis nas novelas, filmes e telejornais, o negro quase nunca aparece. Quando chega o Carnaval a mulher negra é exibida como carne na vitrine das passarelas do samba e salões de baile para satisfazer o apetite de turistas ávidos em saciar a vontade sexual.

 Algumas emissoras de televisão só enxergam a mulher brasileira não branca como mercadoria. O gringo que assistem as produções feitas no País, quando desembarca por essas terras toma um susto. Pois não encontram nas ruas as mulheres brancas e loiras, que a dramaturgia nacional adora colocar em novelas e filmes. Faz o papel de palhaço.


 Por causa de todos esses problemas expostos, fica a impressão de que o governo não tem preocupação com o povo, apenas em época de eleição interessado no seu voto. É como se a população tivesse maquiada de palhaça, sendo obrigada a sorrir das mazelas arquitetadas em Brasília e também para afastar a fome e a tristeza do desemprego, num país onde o número de bilionário cresce rapidamente. O problema é que o palhaço sabe discernir a ilusão da ficção. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário