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quinta-feira, 20 de março de 2014

Violência tira a beleza do Rio de Janeiro


O Rio de Janeiro vive uma guerra civil não declarada


Luís Alberto Alves

 O velório da auxiliar de serviços gerais, Cláudia Ferreira da Silva, 38 anos, na segunda-feira (17) revelou que está falida a Segurança Pública no Rio de Janeiro.  O viúvo, Alexandre Fernandes da Silva, assegurou que sua esposa acabou baleada quando saiu para comprar pão no domingo (16), durante operação da Polícia Militar no Morro da Congonha, Madureira, Zona Norte, da capital carioca.  A situação ficou mais trágica durante o socorro prestado por um carro da PM. O porta-malas do veículo abriu e ela acabou arrastada por 200 metros, a caminho do hospital.

 Segundo Silva, os PMs teriam alvejado a mulher duas vezes, um tiro no peito e outro no pescoço, quando chegaram ao local disparando suas armas contra traficantes que agem naquele morro.  O problema é que a Polícia Militar brasileira, desde a época da Ditadura (1964/1985), foi doutrinada a tratar população favelada, inclusive, como inimigos do Estado.  Caso sejam negros já são classificados como bandidos, apanhando e jogado no camburão num pré-julgamento sumário. Às vezes a vítima é atingida por tiros e morre, para depois apurar que ela era inocente.

 O desgovernador Sérgio Cabral (PMDB) cada vez mais revela a incompetência para administrar o segundo Estado em importância econômica e política no Brasil (o primeiro é São Paulo, com 42 milhões de habitantes). Durante sua gestão a violência aumentou. O trabalhador residente em favelas, muitas delas com 600 mil moradores, caso da Rocinha, que fica na Zona Sul da cidade, é tratado como bicho e bandido.

 O serviço de inteligência da PM carioca é falho ou não tem interesse em resolver o problema. Como pode uma mulher, operária, que saía de casa as 4h20 da madrugada para chegar às 6h no serviço figurar no Boletim de Ocorrência como traficante? O curioso é que na região onde existem casas de pessoas de alto poder aquisitivo, o tratamento é diferente. É muito difícil ocorrer tiroteio nessas localidades. São dois pesos e duas medidas. Negro e favelado, sem qualquer apuração, podem revelar associação ao crime e tráfico de drogas.


 Esse é o Rio de Janeiro que a cada diz perde sua beleza. Lugar onde cidadão honesto tomou medo da polícia, quando deveria confiar. Cidade abandonada, tanto pelo desgovernador quanto pelo prefeito Eduardo Paes, outro incompetente administrativo. A corda, como diz o ditado popular, vai continuar arrebentando do lado fraco, da população que sobrevive das migalhas chamada salário. E quando sai de casa, para comprar pão e mortadela, como aconteceu com Cláudia, encontra morte nas mãos de quem deveria proteger o cidadão. 

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