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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

PM teria atuado na mega chacina em Osasco (SP)




Na maioria dos ataques, inocentes são mortos por PMs agindo como matadores de aluguel

Luís Alberto Alves

 O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) vai pedir a prisão temporária do PM Fabrício Emmanuel Eleutério reconhecido ontem (25) por testemunha como autor de tiro em ataque em Osasco (SP) que deixou pessoa feria na Rua Suzano, Vila Menck, um dos dez pontos onde ocorreram ação dos matadores, deixando 18 mortos e seis feridos.

 Preso desde sábado realizando funções administrativas na Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), ele responde a cinco processos na Justiça e já havia sido preso há dois anos sob suspeita de integrar grupo de extermínio.

 Ao analisar os vídeos postados nas redes sociais, onde os matadores executam várias pessoas dentro de um bar, é possível identificar que o modo de agir dos assassinos é semelhante aos da PM quando abordam suspeitos. Seguram as armas com uma só mão, não as balançam ao efetuar os disparos, além de não tremer os braços. Atiram poucas vezes, mas em locais mortais. Típico de execução.

 Qual a razão para o policial virar matador? Tirar a vida friamente de alguém, às vezes levando o corpo e jogando em locais desertos, sem qualquer documento para dificultar sua identificação? Talvez, segundo estudiosos, seja a inércia do nosso atrasado Código Penal, tolerante na punição contra criminosos.

 Não é novidade os casos de bandidos que sorriem de PMs quando acabam soltos. Por causa da superlotação responderão em liberdade o processo, salvos quando sejam crimes hediondos ou cometidos com requintes de perversidade, impossibilitando qualquer chance de defesa à vítima.

 O embrutecimento no dia a dia da profissão retira sensatez e transforma policiais nos assassinos que eles deveriam prender e retirá-los das ruas para preservar a vida de inocentes. Açoitados pela ideologia de segurança nacional, ainda vigente nos quarteis da Polícia Militar de todo o Brasil, passam a visualizar a população da periferia como inimigos de Estado.

 Daí para frente uma tênue linha separando o bom senso e a bárbarie é rompida todos os dias. Pesquisa recente revelou que a população sente medo da polícia. Tem razão. Com raras exceções, as blitzen nas periferias, principalmente contra negros e pobres, são acompanhadas de extrema violência.

 É neste caldo de intolerância em que os matadores usando fardas e distintivos passam a fazer o papel de Deus, retirando a vida do próximo, quando esse desobedece às regras da boa convivência. Caso não haja mudança nesta ideologia intacta nas polícias militares do Brasil, os PMs matadores continuarão ceifando vidas, na maioria das vezes de inocentes.



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