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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Vai até onde a operação lava míssil?




O míssil está atingindo vários tubarões das empreiteiras

Luís Alberto Alves

 Pelo tanto de sujeira jorrando a todo o momento, não sei até onde vai a operação lava míssil, por causa da grande quantidade de envolvidos neste mar de corrupção. As empreiteiras apostavam que a bomba ficaria somente no colo do doleiro Alberto Youssef, acusado de lavar R$ 10 bilhões provenientes de propina envolvendo obras superfaturadas.

 Mas com as últimas prisões realizadas pela Polícia Federal, colocando atrás das grades peixes graúdos deste ramo da construção civil, o caldo começou esquentar. Não é segredo para ninguém do grande volume de dinheiro despejado por este segmento empresarial na época de eleições. Eles bancam diversos candidatos, inclusive os que disputam cargos de prefeitos, governadores e presidente da República.

 Como não é possível investir alto sem visar retorno, fica bem claro o objetivo: “Quando você estiver no comando, não me esqueça nas licitações”. Essa máxima é levada à risca. É só olhar os contratos envolvendo grandes obras, principalmente usinas hidrelétricas. Em todas estão presentes empreiteiras de renome.

  Desde a época da Ditadura Militar existe o dedo deste pessoal, que com o argumento de geração de empregos, insistem na construção de obras faraônicas. Veio a democracia e o mesmo esquema persistiu. Rios de dinheiro jorrando nas campanhas políticas, com os olhos nas licitações viciadas, onde milhões e até bilhões fazem parte das fatias do bolo.

  A Petrobras é um gigante gerador de obra para construção civil. Principalmente por causa do pré-sal. Só ingênuo para acreditar em inexistência de esquema de propina nas licitações desta mega empresa. O grande problema é que as denúncias começam atingir tubarões. As estruturas de sustentação da maioria dos parlamentares correm risco de cair.

 Espero que a Polícia Federal não sofra retaliação por realizar o trabalho que toda instituição deste segmento faz nos países desenvolvidos. Não existe corrupto sem corruptor. Até hoje era quem recebia a propina o culpado pelo crime. As mãos sujas responsáveis pela transferência deste dinheiro acabavam escapando. Agora o processo se inverteu.


 Com a prisão de diversos executivos, alguns deles linha de frente dentro das empreiteiras, a chapa vai ficar mais quente. As denúncias e provas apresentadas pela Polícia Federal são difíceis de irem parar na lata do lixo, como ocorria em outras gestões, principalmente de FHC. A delação premiada vai dar o nome de muito boi gordo neste esquema de corrupção. Que a Justiça prevaleça para o bem da nossa democracia. Lugar de bandido, principalmente de colarinho branco, é na cadeia.

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