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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Final de ano vira motivo para explodir fome de consumo


Consumo desenfreado é igual dependência química
Luís Alberto Alves

 Em todo ano, nesta época, o consumo explode. Shoppings e lojas de ruas ficam repletos de clientes em busca de presentes. Usam o dinheiro do 13º Salário para saciar a fome na compra de roupas, calçados, eletrodomésticos, produtos eletrônicos, móveis e muita comida, nos hipermercados.

 É como se estivessem dominados por grande força. Poucos conseguem raciocinar que no mês de janeiro o salário volta a ficar menor, além de arcar com pagamento de IPVA, IPTU, matrículas de filhos na escola ou faculdade, renovação de contrato de aluguel, e as prestações contraídas no final do ano anterior.

 Mas não adianta economista aconselhar. A multidão corre às lojas como se o mundo estivesse próximo do fim. O objetivo é encher as mãos de pacotes e porta malas do carro de presentes. O televisor de 40 polegadas de tela, mesmo funcionamento bem, perderá o lugar para outro, mais moderno. A geladeira terá igual destino. Até roupas, ainda em bom estado, irão sentir o gosto amargo do lixo.
 Neste período é trabalho de Hércules fazer compras em qualquer shopping Center de São Paulo ou outra cidade de grande porte. O estacionamento permanece cheio o dia todo. Os corredores repletos de consumidores alucinados. Poucos conseguem pechinchar com os vendedores. O negócio é estourar o saldo bancário.

 Os hipermercados após 10 de dezembro lembram formigueiros. Carrinhos viram peças raras, principalmente os grandes. As filas no açougue, peixaria e onde são comercializados frangos e perus, aumentam de tamanho. Os calos nos pés são esquecidos. A regra é comprar muito. Não se pode voltar para casa de mãos vazias. O dinheiro precisa sair da conta corrente.


 Esta fome de consumo aumenta todo ano. Os adolescentes tiram o sossego dos pais em busca dos eletroeletrônicos de última geração. Nesta fase da pirraça batem os pés nos chãos e exigem presentes caros. Mães e pais de pulsos moles cedem e o cartão de crédito e cheque especial explodem, tirando o sono de ambos. A falta de sabedoria ajuda muitos a cair no buraco da inadimplência, do qual se leva vários meses ou até anos para sair.

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