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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Quem são os criminosos acusados de estupros e discriminações na USP


Por causa do nível social elevado, alunos da USP parecem ficar acima da lei nos casos de estupros e discriminações


Luís Alberto Alves

 As denúncias de estupros e diversas discriminações que ocorrem na USP (Universidade de São Paulo), durante festas realizadas por alunos da faculdade de medicina revelam o quanto é podre a classe estudantil de uma das instituições de ensino mais conhecidas no Brasil e responsável pela formação de inúmeros profissionais famosos no século passado.

 O recurso implantado pelo reitor da USP foi, temporariamente, interromper o consumo de bebidas alcoólicas enquanto o problema não se encontra solução para o problema. O mais espantoso nesta história é que se fosse numa escola estadual, do Ensino Fundamental ou Médio, principalmente na periferia, os suspeitos já estariam atrás das grades.

 Mas quando os acusados são alunos, filhos da elite, o foco muda. Aliás, a USP é famosa por ser gratuita e cheia de estudantes da classe média alta. É muito baixo o número de pobres no curso de medicina. Primeiro porque as aulas são em horário integral e livros caros. Os ricos têm o dinheiro da família para os seis anos de aulas e mais dois de residência, conquistada pelo famoso “QI”. Desfavorecidos precisam trabalhar, às vezes para ajudar no sustento da família.

 Neste caso os envolvidos tratam-se de filhinhos de papai, acostumados acometer, com raras exceções, violência sexual contra empregadas domésticas, principalmente babás e cozinheiras, que geralmente dormem no emprego. Acostumados à impunidade, repetem a mesma postura violenta pelo campus da USP. Sabem que o dinheiro e influência da família ajudam a livrá-los da cadeia. No Brasil, infelizmente só miserável sente o frio das celas dos presídios.

 Por baixo do argumento de que é uma universidade, a polícia não pode pisar fundo no acelerador em rigorosa investigação para descobrir e prender os envolvidos por esses crimes. É como se a USP fosse um Estado à parte, onde tudo de ruim é permitido, inclusive estuprar e discriminar.

 Este tipo de postura é perigoso. Passa a impressão da permissividade. Após a conclusão do curso de medicina, esse médico continuará acreditando que está acima do bem e do mal. Com exceções, serão os profissionais de péssima reputação nos hospitais, onde ficará famoso pelo péssimo atendimento à população. Outros irão usar o bisturi para cortar órgãos sadios e vão virar personagens nas páginas de jornais e programas jornalísticos das emissoras de televisão.


 Cabe às autoridades punir rigorosamente os culpados por qualquer tipo de crime que esteja ocorrendo pelas ruas e festas rotineiras na USP. Uma universidade de tal porte não pode continuar refém de péssimos alunos e pessoas com sérios níveis de desvios de conduta. Frutas podres nunca devem ficar junto das boas. Não basta apenas proibir o álcool, é preciso repreender pesadamente criminosos que se escondem embaixo do adjetivo “aluno de medicina da USP”. A sociedade e os futuros pacientes agradecem.

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