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sábado, 15 de novembro de 2014

Pela primeira vez vice-presidentes de empreiteiras são presos no Brasil




Parte dos executivos suspeitos de corrupção presos pela Polícia Federal


Luís Alberto Alves

 Mais uma vez o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, de Curitiba (PR), deu mostra de que o Brasil está mudando na esfera judicial. Ele decretou a prisão de diversos executivos das principais empreiteiras, que durante décadas mandaram politicamente no País, por meio de propinas pagas a políticos e até através de dinheiro usado para eleger governantes em troca de favorecimento nas bilionárias licitações de obras públicas.

 Cientes do poder de intimidação, as grandes construtoras apostaram que as denúncias feitas pelo doleiro Alberto Youssef seriam ignoradas pela Justiça, como ocorria num passado não tão distante. O tiro saiu pela culatra. O juiz Moro percebeu a necessidade de mandar prender vários executivos, porque apresentaram documentos falsos perante juízo visando justificar a transferência de dinheiro às empresas controladas por Youssef.

 Pior, diretores de várias das empreiteiras tentaram cooptar, por meio financeiro ou ameaça velada uma das testemunhas do processo. Na sexta-feira (14), a Polícia Federal decretou a prisão do ex-diretor da Petrobras, Renato Duque e 19 prisões temporárias de executivos e nove deles obrigados a comparecer perante a Justiça, por suspeita de envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões.

 Como a sujeira é muito grande, foi decretado bloqueio de aproximadamente R$ 720 milhões em bens pertencentes a 36 investigados. Três empresas de um dos operadores do esquema tiveram contas bloqueadas. Segundo a PF, os contratos dos sete grupos investigados são estimados em R$ 59 bilhões com a Petrobras. As empreiteiras repassavam propina a agentes públicos para conseguir contratos na petroleira.

 Quando vejo o vice-presidente da Camargo Correa, Eduardo Hermelino Leite, o Leitoso; Agenor Franklin Magalhães Medeiros, vice-presidente da OAS, e Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente da Mendes Junior, sendo presos, percebo que algo começa a mudar no Brasil. Espero que não seja apenas fogo de palha ou ações para inglês ver. Afinal de contas não existe corrupto sem corruptores.



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