Postagem em destaque

Governo cria malha aérea emergencial para atender o Rio Grande do Sul

EBC   Radiografia da Notícia *  Canoas receberá 5 voos diários. Aeroportos regionais ampliam oferta *  Antes do fechamento, o aeroporto da c...

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Juiz não é igual aos outros brasileiros?




Poder Judiciário se julga acima do bem e do mal


Luís Alberto Alves

 Imagine você andar com um carro sem documentação e placas e ainda por cima sem a carteira de habilitação. Numa blitz você terá o veículo apreendido, além de pagar pesada multa. Mas quando o cidadão é juiz, acaba ficando acima do bem e do mal. A agente de trânsito Luciana Silva Tamburini sofreu na pele o dissabor de acabar processada ao chamar o juiz João Carlos de Souza Correa, parado numa blitz por estar em situação irregular, perante as leis do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).

  Usando da famosa carteirada tentou prender Luciana por desacato, quando ela lhe disse que o fato de ser juiz não o colocava no patamar dos intocáveis. Ou seja, não era Deus. Aliás, Deus, caso fosse motorista nesta Terra, jamais iria desobedecer as leis dos homens, nem muito menos usaria do imenso poder divino para constranger a agente de trânsito.

 Curioso é que o cidadão comum jamais deve desobedecer nenhuma lei. Porque acaba punido pela Justiça. Mas qual razão faz funcionários do Judiciário deitar e rolar, mesmo quando errados? Cabe ao juiz, seja de qualquer instância, dar o bom exemplo. Do contrário não terá isenção para julgar caso algum que lhe chegue às mãos.

 Luciana resolveu processar o magistrado. Porém o corporativismo existente na Justiça brasileira inverteu os papéis e acabou condenando a agente de trânsito a pagar indenização ao juiz que desrespeitou a própria lei, a qual exige que todos obedeçam. Ontem (12), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, por unanimidade, a obrigou a pagar indenização por danos morais de R$ 5 mil a Correa, por dizer que “juiz não é Deus”.

 Em 2009 ele foi parado em Rio Bonito por policial rodoviário por excesso de velocidade e teve suspensa durante um ano a carteira de habilitação. Infelizmente no Brasil autoridades se julgam mais iguais do que o restante da população. Mesmo errados insistem no sórdido comportamento de humilhar quem os pega no erro. Num país sério, esse magistrado teria recebido pesada punição.




Nenhum comentário:

Postar um comentário