Postagem em destaque

Governo cria malha aérea emergencial para atender o Rio Grande do Sul

EBC   Radiografia da Notícia *  Canoas receberá 5 voos diários. Aeroportos regionais ampliam oferta *  Antes do fechamento, o aeroporto da c...

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Por que a depressão atinge diversas pessoas hoje?



Apesar da beleza, a atriz Mrylin Monroe era depressiva e dependentes de calmantes



Luís Alberto Alves

 Atualmente a depressão atinge mais de 350 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). Mas qual a razão para o ânimo ficar para baixo quando vivemos numa época de grandes avanços tecnológicos? Diferente do passado, inúmeras doenças estão sob controle da Medicina. Até o temível câncer, quando descoberto a tempo pode ser tratado.

 Mas para muitos, o avanço da Ciência não conseguiu curar e cicatrizar as feridas da alma. Chagas existentes naqueles, que na maioria das vezes estão circulando entre a multidão, mas completamente desamparados. Sem qualquer confiança no presente e futuro. Mesmo exercendo boa profissão e ganhando excelente salário, não conseguem encontrar motivos para continuar vivendo.

 Nas mesas de bares é possível identificar o depressivo, principalmente nos finais de semana. São homens ou mulheres que escolhem mesas afastadas, bebem vários copos de bebidas sem ninguém ao redor. No tempo ali permanecido, não puxam conversa ou tentam fazer amizade. Estão trancadas no mundo de ilusões perdido dentro do coração.

 A célebre atriz Marylin Monroe, supercobiçada pela beleza de rosto e corpo na década de 1950, é exemplo da depressão. Mesmo no auge da fama não conseguiu sentir o gosto doce da felicidade. Procurou refúgio nos temíveis comprimidos de calmantes para espantar a dor da solidão. Responsável por levar milhões de pessoas aos cinemas para assistir aos seus filmes e desejada por inúmeros homens, Marylin não teve forças para escapar das garras da depressão e morreu ainda jovem entupida de barbitúricos.

                                                         Reféns
 Nos pontos de drogas, a maioria dos viciados é composta de pessoas depressivas. Independente da classe social, cor, sexo ou religião. Buscam refúgio nos entorpecentes para tentar sentir um pouco de alegria. O desespero para deixar longe a depressão os leva a cair de braços abertos na overdose. Todo dependente químico sonha em ficar “ligado” durante horas e passa consumir maior quantidade de droga, do que o organismo consegue agüentar. O cérebro e coração não resistem ao ataque e deixam de funcionar, provocando a morte.

 Atualmente pais e mães trabalham fora e deixam os filhos aos cuidados de babás ou mesmo com vizinhos, quando a condição econômica não é boa. Ao retornar para casa, cansados, reservam pouco tempo às crianças e adolescentes. Esgotados, fazem as refeições assistindo à televisão ignorando os poucos minutos de atenção para aqueles rostinhos ansiosos em sentir uma carícia ou ouvir alguma palavra de amor.

 Para aumentar o problema, as crianças e adolescentes recebem computadores e celulares, como forma de “cala boca”. Envolvidos com as amizades virtuais das redes sociais, passam a viver num mundo fantasioso. Têm inúmeros “amigos”, mas sem qualquer contato físico. Afastados do convívio social com os pais, logo vão mergulhar nas drogas, na busca da paz interior e carinho inexistentes dentro de casa.

 O depressivo apresenta sinais como: pouco interesse ou diminuto prazer em fazer qualquer atividade. Sempre está com astral baixo, mesmo numa grande festa. Quando conversa deixa bem claro a falta de perspectiva para o futuro. Curioso: mesmo sendo jovem, é comum dizer que está velho.

                                                        Dormir
 Às vezes encontra dificuldade para dormir ou passa a ficar na cama muito tempo. Vive cansado, mesmo quando não realiza qualquer atividade. Tem falta ou excesso de apetite. Usa comer bastante como fuga dos problemas, mesmo quando é adolescente ou jovem. Acredita que é um fracassado. Procura assumir qualquer problema que acontece na família, mesmo quando não há qualquer envolvimento. Gosta de pegar as dores do mundo.

Numa rodinha de amigos o depressivo é o mais lento para falar ou mesmo movimentar. Ocorre, também, de ficar bem agitado, inquieto, andando para todos os lados, revelando que algo de estranho está acontecendo. Para complicar acredita que morrendo tudo ficaria melhor.

 Existem pessoas calmas e outras agitadas, isto não significa que sejam depressivas. É entre os familiares que é possível descobrir algo estranho, pois o comportamento sofre mudança radical. Existe o período de luto, quando se perde o namorado ou namorada, é demitido ou mesmo reprovado no vestibular. Mas logo passa. Com a depressão é diferente. O período de tristeza continua. É como o carro atolado na lama.

 Estes sinais nunca devem ser ignorados. É errado deixar o depressivo entregue aos leões. Conversar com médicos ou mesmo realizar algum tipo de terapia com ajuda de psicanalista são alternativas para evitar que a depressão se transforme em suicídio. Problemas todas as pessoas terão, mas existe solução para a maioria deles. Afinal de contas, Deus nunca colocará uma cruz de peso desproporcional para alguém carregar.




Nenhum comentário:

Postar um comentário