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quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Pesquisa aponta que 43% dos paulistanos com câncer de pulmão abandonam o trabalho




Complicações físicas e emocionais causadas pela doença são as responsáveis por impossibilitá-las de exercer sua função


Luís Alberto Alves/Hourpress


O câncer de pulmão é um dos mais incidentes na população brasileira e, em 2018, teve 31 mil novos casos diagnosticados2. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, encomendada pela biofarmacêutica AstraZeneca do Brasil, com apoio do Instituto Lado a Lado, os pacientes paulistanos ocupam a segunda posição brasileira no abandono de seus postos de trabalho. Cerca de 43% deles deixaram seus cargos em decorrência das complicações causadas pela doença, sejam físicas ou emocionais¹, ficando atrás apenas do Distrito Federal com 44%1;3.

A desinformação entre os pacientes preocupa. Com média de idade de 57 anos na data do diagnóstico, 36% dos pacientes de São Paulo não sabem em qual estágio a doença foi descoberta e cerca de 15% dos pacientes paulistanos só obtiveram o diagnóstico depois de um ano com a doença1. Estima-se que, mesmo que com 68% dos diagnosticados de São Paulo contem com o apoio da família, 62% alega ter enfrentado momentos de tristeza profunda, medo da morte, perda de esperança ou quadros depressivos1. Nos aspectos físicos, respiração ofegante é o principal sintoma, seguido por cansaço ou fraqueza e tosse persistente¹. Além disso, a minoria conhece tratamentos inovadores, como a terapia-alvo e imunoterapia, somente 9% e 24%, respectivamente.

Câncer de pulmão e o tabagismo
O câncer de pulmão está entre as doenças mais graves causadas pelo cigarro, porém ele também pode causar tumores na boca, laringe, faringe, estômago, pâncreas, rim, colo de útero e bexiga. "A melhor maneira de controlar as doenças e os impactos negativos à saúde causados pelo cigarro é parar de fumar", afirma Dr. Fernando Santini, oncologista e membro do comitê científico do Instituto Lado a Lado pela Vida.
Apesar de não ser o único fator de risco - já que a exposição à poluição do ar ou agentes químicos, inalação de poeira e fatores genéticos sejam fortes causadores -, o tabagismo é o principal causador do câncer de pulmão¹. O fato é reconhecido por 74% da população do sudeste e 70% dos pacientes do São Paulo¹. Além disso, 91% da população paulistana entende que o fumante passivo também é prejudicado¹.

Apesar dessas constatações, estima-se que cerca de 16 milhões de pessoas do Sudeste ainda são fumantes e 24 milhões moram com alguém que possui hábitos tabagistas.1 Assim, tornando ainda maior a população que está mais suscetível a desenvolver câncer de pulmão.

A importância da conscientização

Para Marlene Oliveira, presidente e fundadora do Instituto Lado a Lado pela Vida, o desconhecimento ainda é uma barreira na descoberta e consequente cura do câncer de pulmão. "A maioria da população não está familiarizada com o assunto e, por isso, não é capaz de reconhecer os sintomas - que são muito sutis. Por isso, as pessoas não se preocupam em realizar exames periódicos para detecção da doença, que age silenciosamente e pode ser fatal", diz ela.
Segundo a pesquisa, hoje, 26% dos pacientes de São Paulo se informa na internet¹ e, para propagar conhecimento de qualidade, o Instituto Lado a Lado e a AstraZeneca estão juntos para reforçar a relevância do diagnóstico rápido e alerta a população de que o câncer de pulmão cresce anualmente entre indivíduos não fumantes.

Destaques¹:

• 44% da população do Sudeste se considera bem informada a respeito do câncer de pulmão e 68% acredita que é fácil descobrir a doença ainda no início - o que contradiz a realidade, sendo que apenas um terço dos casos é diagnosticado no 1º estágio

• A quimioterapia é o tratamento mais conhecido entre os pacientes de São Paulo com 98% de identificação, seguido pela radioterapia com 84%. Eles estão sendo ou foram utilizados por 72% e 42% dos pacientes, respectivamente.

• 20% das pessoas do Sudeste, cerca de cerca de 16 milhões de pessoas, declaram ter ou já ter tido um parente com câncer de pulmão.

• 49% dos pacientes de São Paulo foram diagnosticados por oncologistas, 15% por pneumologistas, 12% por cirurgiões torácicos e 4% por clínicos gerais.

• Em São Paulo, o maior índice de diagnósticos está na faixa etária de 51 a 60 anos, que corresponde a 34%. Seguido por 61 e 70 anos, com 25% dos diagnósticos. A menor taxa é após os 81 com 2%.
• 91% da população do Sudeste defende que o tabagismo é o principal fator causador da doença, e 70% dos pacientes de São Paulo estão de acordo com essa afirmação. Além disso, 94% da população da região concorda que fumantes passivos também podem ser afetados.

• O Sudeste conta com 16 milhões de fumantes e 24 milhões de pessoas moram com alguém que possui hábitos tabagistas.

• Na capital paulista, os médicos são a principal fonte de informação (59%), seguidos pela internet (26%). O INCA é a principal fonte para apenas 2%.

• 11% dos pacientes brasileiros alegam não se informar a respeito da doença.

Referências:
• Pesquisa Datafolha, encomendada pela AstraZeneca. Finalizada em julho de 2019
• Instituto Nacional do Câncer - http://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pulmao - Acessado em setembro

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