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terça-feira, 2 de maio de 2017

Greve geral de 28 de abril foi a maior da história no Brasil

A Polícia Rodoviária Federal garantiu o protesto dos trabalhadores, que no início foram ameaçados de agressões pela tropa de choque da PM
Luís Alberto Alves
A grande imprensa, principalmente a Rede Globo, tentou desvirtuar a greve geral de 28 de abril, mas as manifestações nas ruas provaram que a população não aceita as reformas trabalhista e previdenciária do governo Temer. No final de semana, pesquisa revelou que 71% dos brasileiros são contra as reformas que mais retiram direitos do que acrescentam.
  
Segundo o presidente da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico) e do Sindiquímicos Guarulhos, Antonio Silvan Oliveira, a unidade das centrais sindicais e demais entidades da sociedade civil organizada contribuíram para o sucesso desta greve geral.
“Em diversas empresas da categoria química, muitos trabalhadores não saíram de casa. A paralisação foi espontânea. As pessoas compreenderam a agressividade das reformas propostas pelo governo Temer, aumentando a precarização e retirando direitos conquistados há muitos anos”, disse.
A Via Dutra, no trecho de Guarulhos (SP), pista SP/RJ, foi interditada e os trabalhadores percorreram em passeata 10 km da rodovia, que em outros locais também foi ocupada por manifestantes. A Polícia Rodoviária Federal garantiu o protesto dos trabalhadores, que no início foram ameaçados de agressões pela tropa de choque da PM.
Assim como ocorreu em várias cidades paulistas e capital, o transporte coletivo não funcionou, deixando a sexta-feira com ar de final de semana, pois a maioria do comércio não abriu suas portas.
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O 1º vice-presidente da CNTQ e presidente da Fequimfars (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Rio Grande do Sul), Larri dos Santos, explicou que ao contrário do que a mídia publicou em relação às paralisações no Rio Grande do Sul, a greve teve êxito: “Em Porto Alegre e região metropolitana nenhum ônibus saiu das garagens, e em diversas cidades o transporte coletivo ou não funcionou ou aderiu parcialmente ao movimento. Teve paralisação em todo o Estado, com fechamento de fábricas, escolas, comércio. A maior greve dos últimos tempos no Rio Grande do Sul”, descreveu.
O 2º vice-presidente da CNTQ e presidente da Femquifert/MG (Federação Mineira dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Plásticas, Farmacêuticas e Fertilizantes de Minas Gerais), Carlos Luis Cassiano, avaliou como positiva a greve geral de 28 de abril. “O ideal é que essa paralisação durasse pelos menos uns dois dias, para provocar um efeito maior de dano ao sistema capitalista e governo”, frisou.
No Rio de Janeiro, segundo o 3º vice-presidente da CNTQ, Francisco Carlos Queiróz, o ponto da greve geral foi a paralisação do trânsito na ponte Rio-Niterói, com ajuda de trabalhadores da categoria Química de São Gonçalo, Alimentação de Niterói, Frentistas, funcionários da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro), da indústria de tintas de São Gonçalo. “Conseguimos a articulação das centrais e sindicatos, e bloqueamos as principais avenidas do Rio de Janeiro”, disse.
   
O presidente da Fequimfar (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Est. de SP) e 1º secretário da Força Sindical, Sergio Luiz Leite, o Serginho; destacou que a greve foi um sucesso, com várias mobilizações em todas as regiões do Brasil. “A maioria dos trabalhadores não foi trabalhar para poder cumprir com o seu dever cívico e democrático, de protestar contra as injustiças que lhes estão sendo imputada pelo governo, no repúdio a imposição de suas propostas de reformas”, explicou. Segundo ele, a pressão agora é no senado para derrotar a proposta de reforma trabalhista aprovada na câmara dos deputados.
   
Para o presidente da Feprovenone (Federação dos Sindicatos de Propagandistas, Propagandistas-Vendedores de Produtos Farmacêuticos do Norte/Nordeste) e vice-presidente da Força Sindical Sergipe, Fernando Ferreira, a mídia golpista tentou enganar a população. “Ignorou as vozes de milhares de pessoas que foram às ruas e continua alimentando os interesses da burguesia. É a mesma mídia que apoiou o golpe de 1964. Mesmo assim 60 mil trabalhadores foram às ruas em Sergipe”, descreveu.
   
Na região Centro-Oeste, explica o presidente da Fequim (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas do Centro-Oeste), Arnaldo Antunes, a greve geral foi um sucesso com a participação de vários sindicatos que compõem essa federação. “Conseguirmos dar o recado aos deputados traidores e dizemos não ao pacote de maldades do presidente Michel Temer”, frisou.
 
Em Santa Catarina, segundo o secretário regional Sul, da CNTQ, João Sérgio Ribeiro, a paralisação foi grande com a interdição da BR 101. “Vamos repetir o mesmo no Senado e Câmara dos Deputados”, disse. O secretário regional Sudeste da CNTQ, Antonio Mendes Neto, o Toninho, classificou de excelente a greve geral na região de Presidente Prudente (SP). “Cerca de 6 mil pessoas participaram de uma passeata de 10 km  e no centro da cidade queimamos um caixão simbolizando o governo Michel Temer”, afirmou.
Em diversas cidades de Minas Gerais, segundo o secretário regional Sudeste da CNTQ, Elienai de Oliveira Coelho, ocorreram paralisações. “Conseguimos dar um recado ao patronato mineiro, assim como à  imprensa que vive chicoteando o nosso movimento sindical. O trabalhador de Minas Gerais está atento aos informes falsos que a mídia publica. Não esquecemos também dos deputados que votaram contra o trabalhador”, explicou.
O mesmo aconteceu em inúmeros municípios do Centro-Oeste, como nas cidades de Campo Grande, Três Lagoas e Nova Andradina, todas em Mato Grosso do Sul. “Treze sindicatos, juntos, fizeram uma passeata pela região central com 3 mil pessoas. No período da tarde panfletamos a rodovia. A população apoiou o nosso movimento”, disse o secretario regional Centro-Oeste da CNTQ, Alcemir Remelli.

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