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segunda-feira, 24 de abril de 2017

Imprensa francesa destaca "terremoto político" que varreu partidos tradicionais



  • Paris
Da Agência Télam
A imprensa francesa referiu-se hoje (24) ao primeiro turno nas eleições presidenciais, que levou para a segunda rodada de votação o liberal Emmanuel Macron (23,86%) e a candidata de extrema-direita Marine Le Pen (21,43%), como um "terremoto" político que varreu com os partidos tradicionais. Os candidatos dos partidos tradicionais, o conservador François Fillon e o socialista Benoît Hamon, deixam o bipartidarismo em estado de decrepitude, dizem os jornais do país, segundo a Agência Télam.
O jornal Le Monde destacou: "Macron-Le Pen: as duas Franças. Pela primeira vez, na 5ª República [em referência à quinta e atual Constituição republicana da França, em vigor desde 4 de outubro de 1958], os dois grandes partidos são eliminados no primeiro turno".
"Big bang ou salto no escuro", destaca o diário financeiro Les Echos, sustentando que a eleição é uma expressão de rompimento do sistema, que seria reinventado a partir de agora. "Os eleitores votaram no domingo (23) para virar a página da vida política francesa que se estruturou desde o começo da 5ª República", afirma o jornal.
O diário liberal L'Opinion destaca que "esta é uma nova página na história da 5ª República que os eleitores abriram no domingo (23) com a eliminação de todos os representantes presidenciais dos partidos políticos que, de uma maneira ou de outra, haviam governado nas últimas décadas".
"Este resultado é um terremoto, cujas réplicas serão sustentadas no tempo", declarou o jornal católico La Croix.
"Os franceses despacharam a esquerda e a direita lado a lado, para provar algo novo", declara L´Alsace.
"O nocaute da direita", lamenta o diário conservador Le Figaro, que destaca que, depois de cinco anos, o desejo de uma alternativa nunca tinha sido "tão potente" a ponto de deixar a direita fora do segundo turno pela primeiroa vez na história.
Le Parisien, que coloca Macron como favorito, afirma que ele está a caminho do poder. "Macron não ganhou, mas conseguiu seu objetivo: pulverizar a velha política", opina o Ouest-France.
"No segundo turno, portanto, vão se opor o social-liberalismo e o nacionalismo, a abertura ou o fechamento, a Europa unida ou só a França", diz o Libération, acrescentando que "a princípio, graças aos republicanos de todos os partidos, a eleição do primeiro [Macron] é favorita em detrimento da madrasta feia". O jornal de esquerda, no entanto, introduz matizes. "A Frente Nacional [de Macron] alcança a pontuação mais alta da sua história em eleições presidenciais. Mas, se a luta for entre o povo e a elite, quem pode apontar com certeza o resultado?", questiona, pedindo aos cidadãos "vigilância".
O comunista L´Humanité destacou a palavra "nunca" em letras garrafais, com a imagem de Marine Le Pen e uma convocação: "façamos o possível para bloquear seu caminho".

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