O peso da idade traz o acúmulo de experiência para evitar repetição de erros passados |
Luís
Alberto Caju
Estudar nunca é demais,
principalmente fazer pós-graduação, porque nos bancos escolares a sabedoria
marca presença sempre. Além de representar sinal de reciclagem, em busca de
novos horizontes, para obter maior conhecimento de uma área específica. Mas
nenhuma faculdade, por mais famosa que seja, conseguirá superar a tradicional
escola da vida. Ela oferece a experiência.
É igual desilusão amorosa. Quem
nunca passou por uma, nunca poderá dizer os efeitos do seu impacto no coração,
da falta de apetite, de sono, de não apresentar disposição para fazer nada.
Apenas manter na mente as imagens de alguém que durante determinado tempo
marcou grande presença em nossa vida.
Na adolescência, o final do
namoro com aquela pessoal para qual abrimos nosso coração e mergulhamos de
cabeça, apostando num final feliz, o fim do relacionamento abala a estrutura.
Na cabeça fica a impressão do apocalipse. Nunca mais teremos outro ou outra tão
marcante, para ocupar lugar privilegiado ao nosso lado.
Após a cicatrização da ferida, a
tristeza vai embora e logo conheceremos pessoas diferentes, nos apaixonaremos e
tudo passa. Até os gestos e comportamentos sofrerão mudanças, por causa do
trauma recém passado. Fica fácil de perceber sinais de que o namoro começa
apresentar falhas ou não levará a lugar algum. Quem faz isto é a maturidade.
Em minha profissão, jornalismo, não adianta ser pós-graduado sem
experiência, principalmente de vida. Geralmente os veículos de comunicação
colocam o profissional que acabou de entrar no mercado de trabalho para
escrever reportagens sobre assuntos gerais. Principalmente acompanhando os
fatos policiais. Ali está o submundo da sociedade, o lixo empurrado para o
depósito de impureza conhecido como sistema prisional.
É do contato com essa escória que
o jornalista aprende detectar rápido quando alguém mente (os criminosos fazem
isto diariamente). Também ficam com os olhos abertos quanto à imagem. Nem
sempre alguém bonito (a) é honesto, principalmente os estelionatários, famosos
por falar bem, vestir roupas de grife e usar perfumes caros.
Os pais nunca desejam que os
filhos sofram, principalmente com as duras lições ensinadas pela vida. Mas é
com esse aprendizado que a pessoa fica preparada para a longa caminhada aqui
neste mundo. É igual fome, ninguém é capaz de se alimentar pela outra. Nem a
mãe conseguirá fazer isto pelo bebê.
É sob golpes duros desferidos
pela vida que moldaremos nosso caráter. Seja na área profissional ou pessoal.
Nas Forças Armadas, os rapazes aprendem rápido o significado da palavra
hierarquia. Entendem que a disciplina é combustível essencial na sobrevivência.
Um grande cirurgião médico só
terá grande domínio na profissão após sentir o gosto amargo de inúmeros revezes
no trabalho. Nunca existirá alguém que acerte tudo. É preciso errar e dele
retirar subsídios que se transformarão em grandes acertos. Aliás, as grandes
derrotas oferecem mais informações de como corrigir falhas, do que as vitórias.
As pessoas precisam aprender que
os grandes generais às vezes recuam, passando a falsa impressão de derrota,
para avançar pouco tempo depois e ganhar. Nunca devemos considerar ruins os
momentos de lutas, onde sofremos decepções e ficamos tristes, pensando que tudo
acabou. Naqueles instantes, Deus nos proporciona a rica oportunidade de
enchermos nosso espírito de maturidade. No futuro, ela decidirá até o destino
da vida de alguém.
Portanto, não tenha medo de
errar. Procure tirar lições das vezes que fez algo e saiu fora do foco.
Desenvolva autocrítica visando encontrar quais foram os detalhes responsáveis
para aquela ação terminar de forma negativa. Igual num relacionamento matrimonial.
Jamais repita no segundo casamento, o erro cometido no primeiro. Isto é falta
de maturidade, de alguém que ainda não aprendeu com as próprias falhas. A
experiência nos ensina a todo instante. Basta que fiquemos atentos.
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